30/May/2025

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a certificação do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação marca uma mudança estrutural na inserção da carne bovina brasileira no comércio internacional. Foi destacada a importância do avanço. Será preciso renegociar certificados sanitários internacionais. Essa mudança de status naturalmente exige adaptações. O governo precisará renegociar diversos certificados sanitários internacionais, já que operava com classificações distintas entre os Estados.

Isso pode demandar ajustes no curto prazo, mas é um movimento necessário e virtuoso. A certificação não garante, por si só, a abertura de mercados, mas elimina uma barreira técnica que, por anos, serviu como argumento para adiar negociações. As negociações com países como Coreia do Sul e Turquia ainda exigem etapas complementares, mas o novo patamar sanitário coloca o Brasil em melhor posição para destravar negociações. A grande expectativa, no entanto, é com o Japão, mercado que está fechado à carne bovina brasileira há décadas. A certificação do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação é um marco histórico para a pecuária nacional.

Foram mais de 20 anos de trabalho até esse reconhecimento, que agora nos posiciona em um novo patamar no comércio internacional. Filipinas e Indonésia já demonstraram interesse imediato na importação de miúdos bovinos com base no novo status. Uma missão técnica japonesa está confirmada para junho, com o objetivo de avaliar o sistema de inspeção federal brasileiro. A expectativa é, ainda neste ano, concretizar a tão esperada abertura do mercado japonês à carne bovina brasileira. Essa conquista é um ativo estratégico em negociações com mercados altamente exigentes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.