05/Jun/2025
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (04/06), que o Brasil demonstrou ao mundo a robustez do seu sistema sanitário ao controlar o foco de gripe aviária registrado no País. Segundo Fávaro, o País já chegou à metade do período de vazio sanitário (os 28 dias sem novos registros de gripe aviária em granjas comerciais) sem novas mortes de aves. Ele reforçou que o caso detectado em Montenegro (RS) está contido e não saiu da granja. A expectativa do governo é de que, ao final desse prazo (28 dias), as restrições comerciais impostas ao frango brasileiro sejam retiradas. Fávaro destacou que o sistema de emergência zoossanitária continua ativo e vem sendo ampliado para garantir a detecção rápida de qualquer novo foco.
Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil já iniciou negociações com parceiros internacionais para flexibilizar os embargos impostos à exportação de carne de frango após os registros recentes de gripe aviária. O País negocia flexibilização dos embargos ao frango brasileiro com China, União Europeia e México. Segundo o ministro, as exportações de frango continuam suspensas para 21 destinos, enquanto, especificamente do Rio Grande do Sul, há embargos de 14 países. Com a contenção dos casos em plantéis comerciais, o Brasil pode se aproximar da retomada plena de suas exportações.
Os indícios mostram que a contenção da gripe aviária em plantel comercial foi eficiente. Caso não haja novos registros nos próximos 14 dias, o País poderá se declarar livre da doença. Ele ressaltou que os impactos comerciais da doença por casos em aves silvestres são nulos, pois essas ocorrências não resultam em barreiras comerciais. O ministro explicou, ainda, que, desde o primeiro foco da doença em aves silvestres no Espírito Santo há dois anos, o País mantém um sistema rigoroso de vigilância, que foi intensificado com os registros mais recentes. Com casos em aves silvestres, aumenta a vigilância em granjas comerciais.
Carlos Fávaro afirmou que o foco do governo brasileiro é retomar "o mais rápido possível" a normalidade nas exportações de carne de frango, após a suspensão imposta por dezenas de países em virtude da confirmação de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Ele sinalizou otimismo com a possibilidade de redução antecipada dos embargos, mesmo antes do fim do período de 28 dias do vazio sanitário, que se encerra em 18 de junho. Segundo o ministro, é provável que grandes compradores possam diminuir o embargo antes dos 28 dias. A estratégia é retomar a normalidade das exportações o mais rápido possível”, em especial com países que adotaram restrições apenas ao produto vindo do Rio Grande do Sul.
O ministro revelou que a União Europeia (UE) já encaminhou um questionário técnico ao Ministério da Agricultura, dentro de um processo formal de avaliação para a flexibilização do embargo. Há indício de que a União Europeia possa flexibilizar suspensões ao frango brasileiro. A China, maior comprador da proteína brasileira, deu indícios de que está avaliando regionalização para gripe aviária, o que abriria caminho para suspensões apenas localizadas, e não nacionais. Fávaro espera que o Brasil recupere o status de país livre de gripe aviária em plantel comercial, com contenção eficaz do foco em Montenegro (RS).
O Brasil precisa ser mais contundente nas negociações com países após os 28 dias do vazio sanitário. O objetivo é minimizar as perdas comerciais ao máximo. Apesar da suspensão das exportações de carne de frango para 38 destinos e de restrições adicionais ao produto do Rio Grande do Sul por parte de outros 14 mercados, o ministro avalia que o impacto comercial tem sido limitado. A redução do fluxo por suspensões das exportações de frango não é impactante. Ele argumentou que, além da robustez do sistema sanitário brasileiro, o histórico de diálogo com os parceiros comerciais contribui para a expectativa de uma retomada gradual das vendas externas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.