10/Jun/2025

O governo brasileiro voltou a solicitar à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) proposta de regionalização de suspensões comerciais em casos de doenças sanitárias conjuntas. O assunto foi tema de encontro entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a diretora-geral da OMSA, Emmanuelle Soubeyran, sobre medidas que garantam a segurança sanitária, sem comprometer o comércio internacional de alimentos. A reunião ocorreu na sexta-feira (06/06) na sede da OMSA, em Paris, em meio à missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na França. O Ministério da Agricultura solicitou à OMSA a elaboração de uma recomendação formal para os países sobre a aplicação da regionalização. A proposta será avaliada pela OMSA.

O pleito brasileiro ganha força em meio à crise de gripe aviária e após o Brasil ter recebido o reconhecimento de País livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA. Atualmente, a regionalização das restrições comerciais é preconizada pela OMSA para um raio de 10 Km de onde o foco da doença em questão foi detectado. Mas, na prática, cada país importador tem liberdade de adesão ou não às orientações internacionais, ou seja, é facultativo aos países aplicarem os embargos comerciais da forma que entendem adequada. O Ministério da Agricultura informou que a regionalização foi defendida por Fávaro como “resposta estratégica a crises sanitárias”.

O Brasil é um país continental, um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo. Não é possível tratar uma eventual crise sanitária como um problema uniforme em todo o território. A regionalização é fundamental para garantir que o fluxo comercial siga com segurança, preservando empregos, renda e estabilidade dos preços dos alimentos. O Brasil trabalha ativamente para que os países sigam os protocolos, pois isso não só melhora as condições sanitárias, mas também fortalece o comércio internacional. Ao ministro, Soubeyran destacou que a OMSA apoia a regionalização. A regionalização está cada vez mais consolidada entre os países e a OMSA apoia esse caminho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.