10/Jun/2025

A produção nacional de sebo bovino mantém trajetória de alta, impulsionada principalmente pelo volume de abates e pelo aumento do peso médio dos bovinos. Para o primeiro quadrimestre de 2025, a produção está estimada em 513 mil toneladas, registrando leve alta frente às 510,5 mil toneladas do mesmo período em 2024. Vale destacar que, embora o primeiro trimestre de 2025 tenha sido recorde de abates (9,7 milhões de cabeças), a maior participação de fêmeas na matriz de abate exerceu efeito moderador sobre o volume total produzido. Ainda assim, o acumulado do quadrimestre supera o ano anterior. A distribuição do sebo em geral (não apenas o de bovino) em 2023 foi:

-Biodiesel: 30,3%

-Higiene e Limpeza: 27,7%

-Produção Animal (Rações): 22,4%

-Pet Food: 6,3%

-Demais Destinos: 13,3%

O biodiesel é o principal destino do sebo bovino. No primeiro quadrimestre de 2025, 228 mil toneladas de sebo (equivalente a 182,4 mil m³) foram direcionadas à produção do Biocombustível, representando 6,4% da matriz de matérias-primas do biodiesel. O óleo de soja é a principal fonte, com 72,4% de participação. Considerando a produção estimada de 513 mil toneladas no quadrimestre, o setor de biodiesel responde por 44,4% da demanda doméstica. A exportação também tem participação relevante, totalizando 113,6 mil toneladas no período, o que equivale a 22,1% da produção. Os Estados Unidos responderam por 98% das exportações brasileiras no primeiro quadrimestre de 2025, reforçando sua posição hegemônica.

Em 2024 representou 94,7% para o ano todo. Esse fluxo absorve 22,1% da produção nacional. O uso do sebo bovino na produção de biodiesel vem passando por nítida recuperação após um período de queda entre 2018 e 2023. Em 2024, o consumo foi de 589 mil m³, superando a média histórica recente. As perspectivas para 2025 são de continuidade desse movimento de alta, sustentado principalmente pelo recorde de abates projetado para o ano, que garante maior disponibilidade da matéria-prima. Fonte: Alcides Torres. Broadcast Agro.