12/Jun/2025
Segundo o Ministério da Agricultura, o México restringiu a proibição das compras de frango brasileiro apenas ao produto proveniente do Rio Grande do Sul. A decisão foi comunicada ao governo brasileiro na terça-feira (10/06). Até então, o país havia suspendido a entrada da carne de frango de todo o território brasileiro, após a confirmação de um caso de gripe aviária em plantel comercial em Montenegro (RS) em 16 de maio. A Mauritânia anunciou a suspensão das importações de carne de frango de todo o território brasileiro, enquanto Omã interrompeu as compras provenientes do estado do Rio Grande do Sul. Ao todo, as exportações de carne de frango de todo o território brasileiro estão suspensas para 21 destinos. Estão pausados temporariamente os embarques de produtos avícolas brasileiros para China, União Europeia, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Mauritânia, Argentina, Timor Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão.
A lista inclui as nações que suspenderam as importações de produtos avícolas do Brasil e para os quais o Brasil interrompeu a certificação das exportações conforme prevê o acordo sanitário estabelecido com cada país. As suspensões temporárias e cautelares de compras de frango brasileiro de todo o território brasileiro, do estado do Rio Grande do Sul, do município de Montenegro ou do raio de 10 Km de onde o foco foi detectado estão previstas no protocolo sanitário acordado com o Brasil e os países importadores. Há ainda 19 mercados para os quais estão impedidas as exportações de frango proveniente do Rio Grande do Sul. É o caso da Arábia Saudita, México, Kuwait, Reino Unido, Omã, Rússia, Belarus, Armênia, Quirguistão, Angola, Turquia, Bahrein, Cuba, Montenegro, Namíbia, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia. O Japão, os Emirados Árabes Unidos, Catar e Jordânia suspenderam as compras de carne de frango e derivados do município de Montenegro (RS), onde o foco da doença foi detectado, conforme prevê o protocolo acordado pelos países com o Brasil.
Os protocolos acordados entre Brasil e Singapura, Hong Kong, Argélia, Índia, Lesoto, Mianmar, Paraguai, São Cristóvão e Nevis, Suriname, Uzbequistão, Vanuatu e Vietnã preveem a regionalização dos embarques para um raio de 10 Km do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). O Ministério da Agricultura permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores, prestando, de forma ágil e transparente, todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível. O governo brasileiro já está negociando com países importadores de produtos avícolas a flexibilização das suspensões das compras de carne de frango e derivados do Brasil. As conversas já estão em andamento a fim de minimizar os impactos do primeiro foco de gripe aviária em plantel comercial no País sobre a balança comercial do agronegócio brasileiro.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a retomada da maior parte das exportações de carne de frango do Brasil para o México. Este é um importante passo para a normalização do fluxo de exportações brasileiras após a situação isolada e já erradicada de Influenza Aviária. Com a nova autorização, todas as plantas habilitadas fora do Rio Grande do Sul voltam a exportar ao mercado mexicano. O México está entre os dez principais destinos de nossas exportações e tem registrado forte alta nas importações. A expectativa agora é pelo restabelecimento total das exportações, com a possível reinclusão do Rio Grande do Sul. Entre janeiro e maio de 2025, o México importou 86,8 mil toneladas de carne de frango brasileira, alta de 44,8% em relação ao mesmo período de 2024. A receita também cresceu, somando US$ 208,7 milhões, avanço de 43,7% frente aos US$ 145,2 milhões registrados no ano passado. Com isso, o México segue como o oitavo principal destino da proteína nacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.