13/Jun/2025

Segundo o Rabobank, as empresas de proteína animal devem intensificar parcerias com o setor de food service para enfrentar desafios estruturais como a queda na produção de carne bovina e suína, a pressão por sustentabilidade e as mudanças no consumo europeu. Destaque para o potencial desse canal para agregar valor e garantir estabilidade em um mercado cada vez mais volátil. O setor de food service (restaurantes, bares, cafés e afins) é responsável por cerca de 25% do volume total de vendas de proteína animal e continuará sendo um canal vital. Apesar de a população europeia estar em declínio, o consumo fora do lar segue crescendo, impulsionado por mudanças no estilo de vida, aumento de domicílios com uma ou duas pessoas e a busca por conveniência. O consumo de proteína animal fora do lar já supera o consumo doméstico, com destaque para o avanço de redes de hambúrgueres, frango e kebab. A preocupação com o fornecimento também cresce.

A proteína animal é um dos principais componentes de custo da indústria de food service, chegando a representar até 50% dos gastos de restaurantes fast food. A redução do rebanho bovino e suíno na Europa, somada à maior concentração da produção de frango em regiões do leste e sul do continente, pressiona preços e disponibilidade. Desde 2019, o preço da carcaça bovina subiu 73%, o de frango 56% e o de suíno 53%. Nesse cenário, o Rabobank sugere a adoção de acordos de longo prazo entre fornecedores de proteína animal e operadores de food service como forma de mitigar riscos. Esses contratos podem oferecer previsibilidade e estimular investimentos na cadeia de suprimentos. Além disso, ao terceirizar etapas de preparo, operadores do food service podem enfrentar melhor a escassez de mão de obra. O único caminho para reduzir emissões de escopo 3 no food service é via cooperação com fornecedores, uma vez que a proteína animal é uma das maiores fontes de emissões indiretas do setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.