15/Out/2019
Em São Paulo, os frigoríficos demonstram apetite por compras no mercado físico do boi gordo e impulsionam preços da arroba em Estados vizinhos. A estratégia dessas indústrias se deve às boas vendas externas de carne no início do mês de outubro e aos preços da proteína no varejo brasileiro. A demanda reforçada deve continuar, em decorrência do maior consumo interno da proteína animal, que costuma ocorrer no último trimestre do ano.
Entretanto, o consumo pode esfriar próximos dias, com a chegada da segunda quinzena do mês. Os preços, tanto no atacado quanto no varejo, apresentam valores recordes do ano. Os cortes dianteiros e da ponta de agulha estão próximos da máxima histórica, respectivamente em R$ 13,00 por Kg e R$ 9,25 por Kg. O corte traseiro também registra alta, embora de forma menos acentuada. O boi gordo está cotado a R$ 161,00 por arroba à vista e entre R$ 163,00 e R$ 164,00 por arroba a prazo.
O mercado do boi gordo em São Paulo segue firme e com alta liquidez, especialmente nas negociações de machos com menos de quatro dentes e novilhas. Há ofertas de compra acima da referência para novilhas. A expectativa é de que o mercado do boi gordo deve continuar firme em 2020 e 2021, mudando de posição apenas a partir de 2022. A situação é atribuída à atual valorização dos bovinos de reposição.