20/Aug/2025
Em julho, os custos de produção voltaram a cair na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), com retração de 0,59% no Custo Operacional Efetivo (COE). Entre as regiões monitoradas, o comportamento foi distinto, com elevações em São Paulo e em Santa Catarina e recuos no Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Nesse período, os custos com operações mecanizadas registraram queda. Apesar do comportamento distinto dos valores do diesel comum dentre as regiões acompanhadas, revendedores buscaram reajustar para baixo os preços de maquinário e implementos, o que acabou influenciando a diminuição desse componente. Os insumos agrícolas também voltaram a recuar na “Média Brasil”, embora o comportamento das variações tenha sido distinto entre as regiões, a queda prevaleceu.
Fato é que esse período do ano coincide com uma demanda reduzida por insumos dessa categoria, devido ao clima frio e seco em muitas regiões. Em relação à nutrição das vacas, as rações tenderam a estabilidade na média nacional. No entanto, entre as regiões acompanhadas, o movimento divergiu, sendo de queda em Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e de alta em Minas Gerais e São Paulo. De maneira geral, o período foi marcado por mais desvalorizações do milho (6,63%), que registrou o menor patamar do ano por mais um mês. O principal motivo é a oferta elevada do grão no mercado, dado o avanço da colheita da 2ª safra de 2025. Por outro lado, a soja se valorizou (1,85%), mas o aquecimento da demanda por óleo segue intensificando o processamento global do grão, o que gera farelo como excedente. Com isso, os preços do farelo de soja continuaram em queda, de 5,6% de junho para julho.
Em contrapartida, a categoria de suplementos minerais subiu (0,29%) na “Média Brasil”, movimento comum para esta época do ano, quando o clima desfavorece a produção de forragem. Por fim, o mercado de medicamentos apresentou pequenas variações. Antibióticos e antimastíticos avançaram 0,2% e 0,58% na média nacional, respectivamente, enquanto vacinas e produtos para controle parasitário se estabilizaram. Em junho, o produtor de leite precisou de 25,74 litros para adquirir 1 saca de 60 Kg de milho, 7,18% a menos que em maio. No período, o cereal se desvalorizou expressivos 7,03% (para R$ 68,15 por saca de 60 Kg), enquanto o preço médio do leite se manteve estável (0,16%), em R$ 2,65 por litro. Dessa forma, o poder de compra em junho se mostrou melhor que a média dos últimos 12 meses (26,5 litros/saca), movimento que não era observado desde outubro de 2024. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.