18/Sep/2025

O bom desempenho das exportações brasileiras de carne suína está bastante atrelado aos esforços do setor em aumentar a capilaridade no mercado global, em meio à redução gradual (iniciada em meados de 2022) das importações por parte da China. De fato, ao longo deste ano, a China tem reduzido, praticamente mês a mês, as compras da carne brasileira. O volume escoado à China de janeiro a agosto deste ano está 28% abaixo do registrado no mesmo período de 2024. Enquanto em janeiro de 2025 as vendas de carne à China somavam quase 20 mil toneladas, recuaram para a metade em agosto, totalizando 10,4 mil toneladas. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Outros destinos, como Filipinas e Chile, passaram a se destacar fortemente, sobretudo nos últimos meses. Os envios às Filipinas passaram de 19,58 mil toneladas no início deste ano para 33,48 mil toneladas em agosto, um expressivo avanço de 71%. As Filipinas se mantêm como maior destino da carne brasileira desde fevereiro deste ano. Mas, o que mais tem chamado a atenção são os envios ao Chile. No primeiro mês deste ano, o Brasil escoou apenas 7,7 mil toneladas de carne ao país sul-americano, saltando para 13,3 mil toneladas em agosto. O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao Chile, ou seja, o dobro da quantidade enviada em janeiro.

Com isso, o Chile foi em julho e em agosto o segundo maior destino da carne brasileira, assumindo a posição que até então vinha sendo sustentada pela China. O crescente volume de carne suína sendo escoado ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica (PSC). Assim, apesar dos consistentes recuos nas exportações à China, com novos e importantes destinos sendo incorporados na pauta de exportação, o setor suinícola nacional espera atingir novo volume recorde em 2025. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.