10/Oct/2025
Em São Paulo, no atacado, a carne de frango ganhou competitividade em relação à carne suína em setembro, pelo quinto mês consecutivo. Esse movimento reflete a desvalorização da proteína avícola nos últimos meses, em decorrência sobretudo do episódio de Influenza Aviária em uma granja comercial em maio, e a firmeza dos preços da carne suína no mesmo período. No mês passado, o frango inteiro resfriado foi negociado a R$ 5,93 por Kg abaixo da carcaça especial suína, diferença 1,2% maior que a observada em agosto. A conjuntura nacional de elevada oferta interna de carne de frango e a consequente forte queda nos preços, especialmente entre maio e junho, quando o produto resfriado apresentou desvalorização de 13,4% em decorrência das restrições impostas por importadores à carne brasileira, foram fatores determinantes para o ganho de competitividade da proteína avícola em setembro.
A leitura é de que o ciclo de choque de oferta pode estar chegando ao fim. Agentes de mercado relatam maior capacidade de repasse dos custos e de reajuste positivo nos preços da carne avícola sempre que a demanda apresenta aquecimento, o que reforça a percepção de reequilíbrio entre oferta e procura. De agosto para setembro, o preço do frango inteiro resfriado subiu 7,8% (ou R$ 0,54 por Kg). No caso da carne suína, a combinação entre o avanço do consumo doméstico e as exportações aquecidas têm sustentado os valores da carcaça especial. Entre agosto e setembro, a cotação média no atacado subiu 4,8% (ou R$ 0,61 por Kg), para R$ 13,46 por Kg no último mês. A demanda deste início de mês tem sustentado o movimento de alta nos preços da carne de frango e do frango vivo na maior parte das regiões.
Em São Paulo, no atacado, os frangos inteiros congelado e resfriado registram valorizações de 1,8% e 2% nos últimos sete dias, negociados a R$ 8,07 por kg e a R$ 8,14 por Kg. Ressalta-se que o movimento de avanço vem se sustentando desde o início de setembro, tendo, inclusive, atravessado a segunda quinzena, período em que tradicionalmente há recuo na demanda devido ao menor poder de compra da população, sem interrupção nas altas. No mercado de pintainhos de corte, a unidade negociada em São Paulo está cotada a R$ 2,97, avanço de 1,6% nos últimos sete dias. O movimento de alta tem sido sustentado por uma oferta reduzida e por uma demanda firme pelo produto. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.