24/Nov/2025

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) celebrou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de zerar as tarifas adicionais de 40% sobre a carne produzida no Brasil. A reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira. A medida demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, que contribuíram para um desfecho construtivo e positivo. A Abiec seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença do Brasil nos principais mercados globais.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) afirmou que o esforço conjunto dos setores público e privado permitiu a retirada da tarifa adicional de 40% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, entre eles a carne bovina. A entidade enalteceu o trabalho preciso e incansável da diplomacia brasileira e das equipes técnicas envolvidas, em especial do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A atuação desses órgãos foi determinante para assegurar às autoridades norte-americanas informações claras, robustas e decisivas, permitindo uma avaliação correta e conduzindo à reversão da medida. Agora, a indústria da carne bovina e os pecuaristas brasileiros retomam plenamente suas exportações para um dos mercados mais relevantes e exigentes do mundo.

Segundo a Warren Investimentos, para o produtor pecuarista, o anúncio da retirada das tarifas norte-americanas de 40% sobre uma série de produtos brasileiros, incluindo a carne bovina, é uma notícia que vem boa hora porque deverá ajudar a reduzir a pressão de baixa sobre o preço do boi gordo. Porém, não deve ter um impacto expressivo na inflação ao consumidor. O preço do boi gordo vinha caindo desde que a China recorreu a medidas antidumping no mercado futuro. Mas, a mesma China, há duas semanas, retomou a importação de frango do Brasil após suspender o embargo imposto em maio devido a um surto de gripe aviária no Rio Grande do Sul. A retirada em grande escala da carne de frango do País por meio dos embarques para o mercado chinês se soma à das tarifas norte-americanas sobre a carne bovina como vetor de alta para o boi gordo.

Com o fim da taxação de 40%, a previsão é de um cenário de maior firmeza para os preços até o fim do ano, ainda que de forma limitada. A Warren Investimentos trabalha com um preço base próximo de R$ 320,00 por arroba em São Paulo, e a retirada das tarifas tende a contribuir para que esse patamar se mantenha. As exportações de bovinos permaneceram fortes ao longo do período em que as tarifas estiveram vigentes, alcançando outros mercados e colaborando para segurar os preços no mercado interno. Apesar desse suporte adicional, o impacto da medida sobre a inflação deve ser restrito. Não há alterações, por ora, no cenário base das projeções de IPCA para este ano e para o próximo.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) afirmou que a decisão dos Estados Unidos de retirar a sobretaxa sobre produtos agropecuários do Brasil, incluindo a carne bovina, garante competitividade e previsibilidade nas vendas externas do Estado. A pecuária de Mato Grosso comemora essa reversão de tarifas e espera que esse novo cenário de diálogo entre Brasil e Estados Unidos contribua para ampliar exportações, consolidar parcerias e fortalecer o agronegócio regional, impulsionando o crescimento econômico para Mato Grosso e para o Brasil. O fim da sobretaxa tende a se traduzir em contratos mais longos e prazos estáveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.