15/Dec/2025
O Conselho Nacional de Produtores de Carne Suína dos Estados Unidos (NPPC) formalizou uma queixa junto ao governo norte-americano alegando que a China falhou em cumprir compromissos cruciais do “Acordo de Fase 1”, assinado em 2020. O descumprimento restringiu significativamente o potencial das exportações de carne suína para o gigante asiático nos últimos cinco anos. A denúncia foi enviada ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), que iniciou uma investigação sob a Seção 301 da Lei de Comércio, mecanismo que pode resultar em sanções e tarifas. O ponto central do conflito é a ractopamina, um aditivo alimentar que promove o crescimento de carne magra e reduz custos de produção.
Embora a substância seja considerada segura pela FDA (EUA) e pelo Codex Alimentarius (ONU), sendo aceita em mais de 30 países, a China mantém sua proibição. Pelo acordo de 2020, a China havia se comprometido a realizar uma avaliação de risco conjunta com especialistas norte-americanos sobre o aditivo, o que, segundo o NPPC, nunca ocorreu. Para os suinocultores norte-americanos, a recusa chinesa em revisar a ciência por trás da ractopamina funciona como uma barreira comercial injustificada, impedindo o acesso pleno ao maior mercado consumidor de carne suína do mundo. O tema será debatido em audiência pública marcada para o dia 16 de dezembro, onde o setor espera pressionar por medidas que façam valer os termos do acordo internacional. Fonte: Pork Business. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.