12/Dez/2019
As exportações brasileiras de carne suína seguem em ritmo intenso, especialmente neste segundo semestre. Diante disso, o volume embarcado de janeiro a novembro deste ano, de 660,3 mil toneladas, é recorde para o período, conforme dados da Secex desde 1997, sendo 13,7% superior ao de 2018 e 4,5% acima do de 2017. Em novembro, especificamente, as exportações da proteína suína (considerando-se produtos industrializados e in natura) seguiram em ritmo intenso. Apesar de aquecidos, os embarques diminuíram frente aos de outubro, quando o volume enviado ao exterior foi recorde. Segundo dados da Secex, foram exportadas 65,8 mil toneladas de carne suína em novembro, volume 8,6% menor que o embarcado em outubro, mas 13,6% acima do de novembro/2018.
A receita, por sua vez, somou R$ 617,9 milhões, recuo de 5% frente ao registrado no mês anterior, mas 56,8% superior ao montante recebido em novembro/2018. Além do menor número de dias úteis em novembro frente ao mês anterior, a queda mensal nas exportações esteve atrelada à diminuição do ritmo de embarques à China e Hong Kong. Juntos, os dois destinos, que encabeçam a lista dos principais compradores da carne suína brasileira, foram responsáveis por 63,2% dos embarques de novembro. Para Hong Kong, foram exportadas 13,78 mil toneladas de carne suína em novembro, queda de 8,9% na comparação com outubro, mas 24,9% acima do observado em novembro de 2018.
Para a China, foram enviadas 27,81 mil toneladas, recuo de 2,4% na comparação mensal, porém, mais que o dobro do volume registrado em novembro/2018. Os países asiáticos, especialmente a China, ainda sofrem os impactos da Peste Suína Africana (PSA), doença que reduziu significativamente a oferta local de suínos vivos e, consequentemente, de carne. Dessa forma, para poder atender à demanda interna, os países asiáticos têm importado grandes volumes da proteína brasileira. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.