23/Jan/2020
A indústria compradora de gado tem agido com cautela nesta semana e, em diversas regiões, opta por ficar de fora dos negócios. Em São Paulo, as programações de abate atendem, em média, de três a quatro dias úteis e não há interesse em estender as escalas, no intuito de evitar a formação de estoques nas câmaras frias. Em contrapartida, a oferta ainda é restrita. No Estado, o boi gordo está cotado a R$ 189,50 por arroba à vista e a R$ 191,50 por arroba a prazo.
Os frigoríficos estão posicionados de maneira passiva nas compras, limitando suas aquisições ao mínimo necessário, atentos à lentidão das vendas de carne no atacado e a consequente deterioração de suas margens operacionais em função das quedas no s preços da proteína. No atacado, o volume de vendas segue fraco, em linha com as expectativas dos participantes para o mês de janeiro, e a formação de reservas nos entrepostos faz com que os preços dos principais cortes bovinos não se sustentem. O traseiro do boi está cotado a R$ 14,10 por Kg e o dianteiro, a R$ 10,60 por Kg.
Com relação à oferta, a restrição se deve a estratégias dos pecuaristas de segurar lotes que já foram terminados a pasto, enquanto os preços estiverem nos atuais patamares. Este cenário se estende por diversas regiões, mas onde os frigoríficos conseguem emplacar propostas de preço abaixo da referência as cotações ficam mais pressionadas, como na Região Norte do País. No Pará, os preços registram queda com o boi gordo cotado entre R$ 169,00 e R$ 175,00 por arroba à vista e entre R$ 171,00 e R$ 177,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação está entre R$ 174,50 e R$ 175,50 por arroba à vista e entre R$ 176,50 e R$ 177,50 por arroba a prazo.