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16/Mar/2020

Boi: futuros caíram na B3 com aversão aos riscos

A pandemia de coronavírus e suas consequências globais afetaram a Bolsa B3, onde se negociam os contratos futuros de boi gordo. Todos os vencimentos sofreram fortes quedas, entre R$ 6,95 e R$ 9,75 por arroba. O contrato mais líquido, o maio/2020, perdeu R$ 15,10 por arroba e caiu para R$ 183,85 por arroba. O segundo contrato, com vencimento em março de 2020, perdeu R$ 7,15 por arroba, para R$ 192,10 por arroba. A maior perda foi no contrato para novembro/2021, com o boi gordo na B3 cotado a R$ 200,65 por arroba. Em dias de negociações normais, os ganhos ou perdas da arroba costumam ficar na casa dos centavos. As perdas foram por aversão ao risco.

Na quinta-feira, os contratos já haviam registrado limite de baixa. Na quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que há uma pandemia do vírus e os casos no Brasil aumentaram. O receio dos investidores é de que o avanço dos casos da doença no Brasil leve a um recuo no consumo de carne bovina, pois as pessoas tendem a comer menos fora de casa, evitando aglomerações. Também há dúvidas sobre os efeitos na exportação, principalmente no primeiro semestre do ano. O mercado atacadista de carne bovina está praticamente parado hoje, reflexo do movimento lento no varejo. A situação de curto prazo é muito ruim.

O pânico em torno do coronavírus, com os Estados Unidos fechando suas fronteiras à Europa; a briga entre a Arábia Saudita e a Rússia em torno do preço do petróleo e, principalmente, a expectativa quanto a uma queda no consumo global de carne bovina por causa da doença provocaram a fuga dos investidores da B3. Entretanto, os fundamentos do mercado físico do boi gordo, que precifica a B3, continuam iguais, com oferta restrita de bovinos para abate, preços firmes, mas estáveis da arroba e escalas curtas de abate nos frigoríficos. O preço do boi gordo está variando mais em função das chuvas e da oferta de bovinos para abate. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.