ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

03/Abr/2020

Boi: preço sob pressão da paralisação de indústrias

Depois de um mês de março com oscilações expressivas o boi gordo, resultado das incertezas em relação ao comportamento da demanda por carne bovina, o mês de abril começou com poucos negócios no mercado físico e ainda pressionado pelas incertezas sobre novo coronavírus. Em Mato Grosso, onde já havia sete plantas de abate de bovinos paradas, outras duas deram férias coletivas a partir do dia 1º de abril. Nas outras sete, as férias foram prorrogadas. As suspensões de abate já refletem o recuo da demanda interna por carne em decorrência da quarentena em boa parte do Brasil para evitar a disseminação da Covid-19. Os preços registram queda de até R$ 4,00 por arroba no Estado e algumas plantas reportam excedentes de estoques e escassez de bovinos.

Em São Paulo, o boi gordo se mantém estável, cotado a R$ 204,00 por arroba a prazo. As boas condições das pastagens têm permitido ao pecuarista segurar o gado. Os frigoríficos, por seu lado, têm reduzido as compras e os abates diante das dúvidas em relação ao escoamento da carne por causa da quarentena. Em Tocantins e Rondônia, a cotação do boi gordo apresenta queda, com a redução do ritmo de abate por frigoríficos locais. A quarentena já mostrou seus reflexos no mercado atacadista de carne. A demanda doméstica tem dado sinais de arrefecimento, depois do pico de compras realizadas no período pré-quarentena. A estratégia de frigoríficos nesse cenário é trabalhar com escalar curtas, comprando de forma compassada.