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17/Abr/2020

Boi: PSA na China deve manter demanda elevada

Apesar da pandemia de coronavírus, e a consequente queda global no consumo de carnes, alguns fundamentos de mercado ainda deve prevalecer no caso da carne bovina. Entre eles, o desabastecimento chinês de proteína animal, em função da peste suína africana (PSA), que reduziu pelo menos à metade o plantel no país asiático desde o ano passado. A tendência é de que alimentos continuem operando (no sentido de serem comercializados). Além da peste suína africana que continua, algumas regiões do mundo registram gripe aviária. Embora o custo da carne de frango seja menor, há tendência de a proteína bovina ganhar competitividade.

Mesmo com a desaceleração abrupta da economia mundial em função da pandemia, a percepção é de que a China deve precisar importar cerca de 2,5 milhões de toneladas de carne bovina in natura. Das compras da China, 32% são de carne brasileira, com 500 mil toneladas do cerca de 1,5 milhão de toneladas que o Brasil exporta. O outro 1 milhão de toneladas está distribuído entre vários países, inclusive aqueles dependentes do petróleo, que enfrentam uma crise. O Itaú BBA previu que o Brasil poderia deixar de exportar este ano pelo menos 200 mil toneladas, redução de 20%. Haveria um excedente de 200 mil toneladas. Há dúvidas se mercado interno teria condições de absorver isso ou se a China teria espaço para absorver.

Esse cenário de 200 mil toneladas a menos de exportação seria o pior de todos. Outros países do mundo ficarão sem condição de comprar carne suína. A China vai buscar mais suínos e os países asiáticos vão precisar também. Por isso, a busca por proteínas alternativas, como a carne bovina, vai se intensificar. A estimativa é de que o comércio mundial de carne bovina aumente 700 mil toneladas este ano e que o Brasil fique com a metade desse aumento. Assim, pelo lado da demanda, a situação é confortável. De qualquer maneira, com a pandemia de coronavírus, há muitas incertezas, com lockdowns em vários países, mas por ora não há esta questão de redução no consumo de proteína animal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.