20/Abr/2020

Em um mês de distanciamento social como medida para conter o avanço da pandemia de coronavírus pelo mundo, os suinocultores independentes amargam prejuízo na atividade. De acordo com a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), a queda na Bolsa de Suínos de Santa Catarina já chega a 30%. Um dos fatores que impacta diretamente no mercado são as rígidas medidas adotas por São Paulo para barrar a progressão da Covid-19, que travou a economia do maior mercado consumidor do País. Na segunda semana de março, o preço pago pelo suíno vivo aos produtores independentes em Santa Catarina era R$ 5,67 por Kg.

Após sucessivas baixas, que ocorreram também nos demais Estados produtores de proteína animal, o valor caiu para R$ 3,97 por Kg, uma desvalorização semanal média de R$ 0,28 por Kg. Os custos para produzir a proteína também aumentaram, ficando perto dos R$ 4,30 por Kg. Em algumas regiões, o milho está cotado a R$ 56,00 por saca de 60 Kg e o farelo de soja, a R$ 1.800,00 por tonelada. Os produtores já estão trabalhando no vermelho. Muitos precisarão reduzir a alimentação dos suínos para atrasar a chegada deles nos frigoríficos e controlar a oferta. Para que os produtores vendam apenas os suínos que estejam no peso de abate a fim de estabilizar os preços pagos pelos frigoríficos.

O setor espera o posicionamento dos governos estadual e federal sobre os recursos que serão destinados para auxiliar a suinocultura. Até o momento, o governo não destinou recursos para apoiar a suinocultura. Cerca de 58% da produção de carne de Santa Catarina é exportada para a China, sendo um dos grandes parceiros comerciais do Brasil. Para a entidade, é inadmissível que membros ligados ao governo tornem públicas opiniões que manche a reputação da China. Qualquer percentual que os chineses deixarem de importar do Brasil será uma grande preda para a suinocultura de Santa Catarina. O consumo interno não teria capacidade de absorver o excedente. Fonte: Canal Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.