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28/Jun/2021

Boi: preços firmes com baixa liquidez no mercado

O mercado físico de boi gordo segue com baixo nível de negociações, em razão da oferta restrita de bois para abate, situação típica da entressafra. Tal cenário também impulsiona a arroba para cima em regiões nas quais frigoríficos precisam completar escalas de abate. Na grande maioria dos Estados, porém, o apetite comprador é baixo, refletindo a dificuldade de escoamento de carne bovina para o mercado doméstico e limitando, portanto, aumentos mais acentuados na cotação do boi gordo. Uma estratégia que tem sido utilizada pelas unidades de abate é a reorganização das suas programações. Apesar de já utilizarem níveis mínimos de capacidade instalada, há relatos de indústrias que estão pulando dias de abate.

Outro movimento que tem sido visto é o aumento da aquisição de fêmeas, que são mais baratas que os machos. Porém, com o fim do período de descarte e a reduzida oferta da categoria, os preços já alcançam patamares elevados, o que prejudica as margens desse segmento. Ao mesmo tempo, os pecuaristas começam a se beneficiar da desvalorização recente dos grãos, o que traz maior fôlego em relação aos custos da terminação intensiva. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 322,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a boi gordo é negociado a R$ 304,50 por arroba à vista. No Rio Grande do Sul, as cotações se mantêm estáveis, com o fraco consumo de carne no mercado doméstico limitando a influência da oferta restrita de gado sobre a arroba.

A cotação é de R$ 11,20 por Kg. No Pará e no Maranhão, o boi gordo está cotado a R$ 292,00 por arroba à vista. Nesses Estados, o preço é reflexo da firme demanda de frigoríficos, que precisaram aceitar preços mais altos para originar os lotes necessários de gado terminado. Em São Paulo, no atacado, o dianteiro bovino é negociado a R$ 17,10 por Kg; o traseiro está cotado a R$ 22,10 por Kg e a ponta da agulha segue a R$ 17,60 por Kg. A carcaça de vaca casada está cotada a R$ 18,50 por Kg. A demanda pela proteína bovina segue bastante fraca e irregular, apesar das recentes quedas de preços. O mercado esperava maior escoamento da produção de cortes do dianteiro, porém ainda não foi possível verificar tal situação.