02/Set/2021
O mês de setembro se inicia com a consolidação da tendência, pelo menos no curto prazo, de desvalorização do boi gordo nas principais regiões pecuárias do País, sobretudo aquelas onde há mais bois provenientes de confinamentos. Com frigoríficos recebendo agora a boiada do primeiro giro de engorda no cocho, a demanda no mercado físico se arrefece, pressionando os preços. As escalas de abate seguem alongadas, situação que não deve mudar nos próximos dias, tendo em vista o fraco consumo interno de carne bovina, que impede maior fluidez na liberação de estoques da proteína e, consequentemente, inibe a necessidade de abates.
O que tem contribuído relativamente para segurar a queda de preços é o mercado exportador de carne bovina. Esta situação estrutural mantém os preços firmes da arroba no País, mesmo com as recentes quedas na referência. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 303,50 por arroba à vista e a R$ 312,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação está entre R$ 301,50 e R$ 307,50 por arroba à vista. No Estado, a cotação cedeu 1,18% nos últimos 30 dias. Várias regiões do País que têm recebido bois a termo (previamente contratados pela indústria) estão observando recuo nas cotações, como Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia. Em São Paulo, no atacado, o escoamento interno segue a passos lentos. A carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 21,75 por Kg.