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08/Set/2021

Vaca Louca: exportações deverão ser retomadas

O Brasil deve conseguir retomar as exportações de carne bovina para a China, o seu principal parceiro comercial, entre 10 e 20 dias, após a suspensão anunciada pelo Ministério da Agricultura, em razão da confirmação de dois casos atípicos do mal da "vaca louca" no País. A situação deve se normalizar sem muita demora. Por protocolo, quando casos da doença são identificados em território brasileiro, as autoridades competentes precisam comprovar laboratorialmente a origem da doença. No primeiro momento, isso ocorre em laboratórios domésticos, mas depois é necessária uma contraprova em um laboratório internacional autorizado pelo comprador, neste caso, a China. A interrupção dos embarques ocorreu de maneira voluntária pelo Brasil, até que os resultados sejam analisados e todas as questões sejam esclarecidas.

Como os casos do mal da "vaca louca" foram reportados pelo Ministério da Agricultura como atípicos, ou seja, quando o problema foi sido desenvolvido dentro do próprio organismo do animal, sem risco de contaminação, o restabelecimento das exportações é uma questão de tempo. Quando sair o resultado de todos os testes, o Brasil deve escrever um ofício e enviar para os chineses entenderem o que aconteceu e, na sequência, com as explicações aprovadas, o mercado volta a ser liberado. Os negócios devem se normalizar de forma rápida, uma vez que a China ainda tem uma alta necessidade de importar carne brasileira em meio ao aumento dos relatos de casos de Peste Suína Africana no país. Soma-se a isso, o gargalo deixado no mercado internacional pela restrição das exportações de carne argentina, outro importante fornecedor de proteína animal para os chineses.

Embora a perspectiva seja de paralisação por um curto período, a conjuntura deve balançar o setor pecuário no curto prazo. Há 150 mil toneladas de carne pronta sem conseguir embarque. A tendência é de recuo nos preços do boi gordo e da carne bovina no País nos próximos dias. Porém, no caso da carne bovina, isso deverá ficar restrito ao atacado, sem chegar ao varejo. No mercado físico de gado pronto para o abate, os frigoríficos paralisaram as compras de animais nas principais praças pecuárias desde a quarta-feira passada, quando surgiu a primeira notícia dos casos da doença. A comercialização já está praticamente zerada nos últimos dias. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.