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08/Set/2021

Casos de “Vaca Louca” deverão reduzir os abates

O setor pecuário brasileiro tende a ver uma diminuição ainda maior no volume de abates de bovinos nos próximos dias, com a confirmação dos casos atípicos do mal da "vaca louca". Já se observa que poucas indústrias estão abatendo gado neste momento. As empresas que exportam para a China já estavam em compasso de espera, já as que produzem apenas para o mercado interno continuam ativas, mas também têm abatido menos animais. O mercado físico já vinha operando com maior cautela desde a quarta-feira passada, quando notícias sobre uma suspeita da doença começaram a circular. E, depois da manifestação do Ministério da Agricultura e a comunicação de suspensão das exportações de carne bovina do Brasil para a China, a perspectiva é de continuidade da lentidão nas negociações de boi gordo. O cenário ainda é de incertezas e a repercussão disso no mercado vai depender do período de bloqueio dos embarques.

A princípio, o recuo nos abates deverá levar a uma pressão baixista nos preços da arroba, mas sobre os preços das carnes não teremos nenhum efeito nesse primeiro momento. Neste ano, o volume de abates de bovinos no Brasil tem sido menor do que nos anos anteriores. Porém, a justificativa é uma questão estrutural que limita a oferta de gado terminado por causa de um movimento de retenção de fêmeas por parte dos pecuaristas. E é justamente essa escassez de animais que deve limitar uma queda mais acentuada na arroba neste momento de paralisação da demanda de frigoríficos exportadores. Apesar do embargo para a China, o Brasil vai continuar exportando normalmente para outros parceiros comerciais. Mas a grande preocupação é pelo fato de que a China é o principal importador de carne bovina do Brasil. A China foi responsável por 59% da receita e do volume exportado de carne bovina pelo Brasil no mês de agosto/2021. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.