ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Set/2021

Boi: preço estável como os frigoríficos cautelosos

A liquidez de negócios no mercado físico de boi gordo tende a seguir em baixa até o fim desta semana, com as indústrias ainda no aguardo dos desdobramentos dos casos do "mal da vaca louca" em Minas Gerais e Mato Grosso. O desfecho das investigações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), anunciado pelo Ministério da Agricultura na segunda-feira (06/09), até chegou a trazer um ânimo ao mercado, mas a comercialização patina nas principais regiões pecuárias. O laudo da OIE concluiu que os casos brasileiros da doença não representam risco para a cadeia de produção bovina, o que mantém a classificação do Brasil como país de risco insignificante para a doença. Mas, a liberação das exportações à China, que estão suspensas, ainda depende da decisão dos chineses.

As indústrias frigoríficas sentiram confiança para reescalonar seus abates, principalmente aqueles que haviam sido adiados. Porém, ainda não é possível verificar maior procura por bois terminados, visto que a suspensão temporária das exportações permitiu o alongamento das escalas de abate de diversas plantas no País. Nos primeiros três dias úteis do mês, os embarques de carne bovina in natura do Brasil foram superiores à média diária de setembro do ano passado. A incerteza é se esses números vão se manter sem a presença da China entre os destinos até que a situação seja esclarecida. A finalização das investigações da OIE sobre os casos da doença no Brasil chegou a dar um fôlego aos contratos futuros de boi no dia 6 de setembro. Porém, os vencimentos voltaram a recuar.

Em São Paulo, a cautela ainda predomina. As indústrias, em especial as exportadoras, estão mexendo nas escalas de abate. A cotação é de R$ 303,50 por arroba à vista e R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, a cotação é de R$ 291,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 303,50 por arroba à vista. Em Santa Catarina, o boi gordo está cotado a R$ 323,00 por arroba, patamar bem mais alto do que no resto do País. Em São Paulo, no atacado, as expectativas de reação do consumo durante o feriado de 7 de setembro não se confirmaram. Neste cenário, a demanda dos distribuidores por reposição de estoque segue lenta, assim como o consumo no varejo. Os preços dos principais cortes bovinos se mantêm estáveis. O traseiro do boi segue cotado a R$ 22,60 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 16,10 por Kg.