16/Set/2021
A ausência dos frigoríficos do mercado físico de boi gordo pressiona os preços da arroba. Desde que os casos do "mal da vaca louca" foram identificados no País e as exportações para a China foram suspensas, a influência altista que vinha prevalecendo pela oferta escassa de bovinos perdeu espaço. Agora, os pecuaristas têm sido forçados a vender os lotes de boiada gorda por preços mais baixos, ainda que poucos negócios estejam sendo efetivados. Cada vez mais frigoríficos se encontram fora das compras de gado, conforme a adoção de férias coletivas aumentam, em função da mínima demanda internacional e expectativas de dificuldade de escoamento no varejo, situação sazonal da segunda quinzena do mês.
Enquanto o mercado aguarda a retomada das exportações para a China, volta as suas atenções para outro embargo: o da Arábia Saudita, que decidiu paralisar as compras de carne bovina de cinco plantas localizadas em Minas Gerais, onde um dos casos atípicos do "mal da vaca louca" foi identificado pelas autoridades brasileiras no início do mês. O movimento de queda está acentuado na maior parte das regiões pecuárias do País.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 300,50 por arroba à vista e a R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 285,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 296,00 por arroba à vista e R$ 298,00 por arroba a prazo. No Pará, o boi gordo é negociado a R$ 294,00 por arroba à vista e R$ 296,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, a cotação é de R$ 288,00 por arroba à vista e em Mato Grosso do Sul, R$ 302,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi segue cotado a R$ 22,60 por Kg e o dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 16,10 por Kg. A procura por reposição é reduzida, os preços se mostram frágeis e a reação esperada de consumo fica restrita à primeira semana de outubro.