ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

24/Set/2021

Boi: China mantém suspensão de compras do Brasil

Pecuaristas, indústrias e o Ministério da Agricultura ainda aguardam respostas da China sobre a retomada dos embarques de carne bovina brasileira para aquele mercado. A suspensão voluntária das exportações, adotada em cumprimento ao protocolo sanitário bilateral e em decorrência da investigação de casos atípicos do "mal vaca louca" em Minas Gerais e Mato Grosso, completou 20 dias nesta quinta-feira (23/09) e provoca problemas na cadeia produtiva. Por se tratar de uma "repetição" das medidas adotadas em 2019, quando outro episódio atípico da doença foi identificado no País, o Brasil esperava que a reabertura do mercado fosse mais rápida dessa vez. Naquela ocasião, a retomada aconteceu em 13 dias. Sem novidades por parte da China, governo e setor produtivo estão em compasso de espera.

Todas as informações técnicas já foram entregues, inclusive em mandarim, na semana passada. A China teve um feriado prolongado no início desta semana, mas a expectativa era que alguma reação fosse divulgada já na quarta-feira (22/09). O governo brasileiro trabalha com cuidado para evitar ruídos de comunicação com a China, o que poderia atrapalhar ou retardar ainda mais a reabertura. E tem o respaldo da própria Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para a retomada, que ainda no início do mês concluiu que os casos de "vaca louca" no Brasil não representam riscos sanitários para o rebanho nacional. Ansioso, o mercado pecuário brasileiro espera que o quadro seja revertido em breve.

No governo, a expectativa é que a reabertura aconteça nos próximos dias. Tecnicamente e sanitariamente, não há razão para manter o embargo por mais tempo. A Arábia Saudita, que chegou a suspender as exportações de cinco frigoríficos mineiros, já retomou as compras. A Rússia aplicou restrições para receber carne de bovinos comprovadamente com menos de 30 meses de idade. A Embaixada do Irã no Brasil afirmou que a Organização Agroveterinária do país (IVO) cogitou suspender as exportações de abatedouros de Mato Grosso e Minas Gerais, mas voltou atrás depois da nota da OIE. Os embarques continuaram sem interrupções. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.