01/Out/2021
As empresas ligadas à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) investiram cerca de R$ 1 bilhão para manter o ritmo de crescimento em meio à pandemia. A cadeia produtiva segue com margens apertadas, apesar do aumento no consumo interno e das exportações, devido à elevação dos custos. De janeiro de 2019 para cá, os preços do milho e do farelo de soja mais que dobraram, consolidando-se no que pode ser um novo patamar. A perspectiva é de pequena queda dos preços dos insumos. Nesse contexto, a isenção de PIS/Cofins sobre as importações de milho é muito importante.
A medida beneficia principalmente pequenos e médios produtores, que não têm acesso ao mecanismo de drawback. Há oferta suficiente no mundo, mas o dólar precisa baixar um pouco para as compras ganharem corpo. Apesar da situação delicada, o cenário global é favorável às duas proteínas brasileiras. A Europa, maior exportadora de carne suína, deve vender 1,8% menos a outros países neste ano, enquanto o consumo de yellow feathers (aves de pelagem amarela) nos wet markets, na China, deve diminuir e abrir espaço para o frango industrial.
Além disso, em meio à pandemia, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu mais Estados do Brasil como áreas livres de aftosa sem vacinação, o que possibilita acesso a novos mercados com grande poder aquisitivo, que podem ajudar a equilibrar as contas da indústria. As documentações foram enviadas a países-chave como Japão e Coreia do Sul, e há uma chance, ainda que pequena, de haver novidades até o fim do ano. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.