05/Out/2021

O mês de outubro se inicia sem o típico ânimo da primeira semana no mercado físico de boi gordo. O cenário, que costuma ser de maior liquidez de negócios, com as indústrias se preparando para um possível aumento no consumo doméstico de carne bovina, foi substituído pelo marasmo, com a suspensão das vendas à China ainda pesando sobre o setor. Sem a presença de grande parte das unidades de abate nos negócios, principalmente as exportadoras, a pressão baixista ganha força em praticamente todo o País. Dessa forma, as escalas de abate dos frigoríficos seguem mais alongadas, com a média nacional em 8 dias úteis.

Em São Paulo e Minas Gerais, as indústrias têm programação para 10 dias úteis. Em Goiás, os abates estão programados para 12 dias úteis. Em Tocantins, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul as indústrias têm 7 úteis programados. Enquanto isso, as atenções seguem voltadas para o mercado externo, que, diferentemente do esperado, teve um desempenho recorde em setembro. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 288,00 por arroba à vista. Boa parte das indústrias estão fora das compras já com escalas de abate prontas para atender à demanda doméstica com a virada de mês. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 286,00 por arroba à vista e no Pará, R$ 277,00 por arroba à vista.

Em Tocantins, o boi gordo está cotado entre R$ 277,00 e R$ 279,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos se mantêm estáveis. A ponta da agulha está cotada a R$ 15,60 por Kg; o traseiro do boi está cotado a R$ 22,60 por Kg; e o dianteiro é negociado a R$ 16,10 por Kg. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 18,81 por Kg e a carcaça de bovinos inteiros é negociada a R$ 18,68 por Kg. Como não há a expectativa de evolução na disponibilidade de produto em função da redução do abate nacional, o cenário sinaliza um quadro de estabilidade a depender das decisões que serão adotadas frente às questões com a China.