ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/Out/2021

Boi: preços pressionados com a ausência da China

Os preços do boi gordo tendem a seguir pressionados, ao menos enquanto não houver novidades a respeito da retomada das exportações de carne bovina para a China. Mesmo com a virada do mês, a expectativa é de novas quedas em São Paulo e em outras regiões. A retomada da trajetória altista está dependendo do mercado externo. O movimento que tem desencadeado o recuo nas cotações é a ausência dos frigoríficos das compras de gado terminado, com um encurtamento das escalas de abate. Há casos de indústrias que decretaram férias coletivas para reduzir os custos enquanto a demanda chinesa não retoma o seu curso normal. As poucas indústrias que manifestam interesse em efetivar alguma compra de gado são aquelas que possuem grande parte da produção de carne direcionada ao consumo doméstico.

As unidades exportadoras estão paradas e não chegam a sinalizar referência para os preços da arroba. Embora a liberação dos embarques para a China após os casos do "mal da vaca louca" esteja demorando mais do que o esperado, inclusive por causa do feriado nacional chinês esta semana, a perspectiva para o quarto trimestre do ano é de preços mais sustentados. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 283,50 por arroba à vista e a R$ 288,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 270,00 por arroba à vista. No Pará, em Tocantins e em Goiás, a cotação é de R$ 276,00 por arroba. No Paraná, o boi gordo está cotado a R$ 287,50 por arroba à vista. Os ajustes negativos se concentram na Região o Centro-Oeste do País. O enorme crescimento dos boitéis e o adiamento nas escalas de abate permitiram suporte para que unidades ainda permaneçam fora das compras por mais alguns dias.

Em Mato Grosso, existem unidades que atendem especificamente o mercado chinês e que nesse momento estão fora das compras de gado e inoperantes nos abates. A previsão é de que a maior parte dessas indústrias retome as atividades apenas na próxima semana, após o feriado chinês, que tem atrasado a evolução das negociações com as autoridades brasileiras. Em São Paulo, no atacado, o início de mês ainda não surtiu efeito nos preços dos principais cortes bovinos. A ponta da agulha está cotada a R$ 15,60 por Kg. O traseiro do boi está cotado a R$ 22,60 por Kg e o dianteiro, a R$ 16,10 por Kg. O fluxo de comercialização ainda é inconsistente, mas suficiente para manutenção dos patamares atuais. A valorização das carnes concorrentes (frango e suína) e a ausência de excedentes de oferta tem dado suporte à estabilidade dos preços da proteína bovina.