08/Out/2021
A trajetória baixista no mercado físico de boi gordo está estabelecida, apesar da sazonalidade de início de mês, quando o consumo doméstico costuma suscitar maior movimentação entre pecuaristas e indústrias. O movimento dos preços evidencia o esvaziamento do mercado e a menor demanda de frigoríficos por gado terminado, especialmente pelo chamado boi China, com os chineses ainda sem realizar novas compras de carne bovina brasileira. A perspectiva é de que a pressão persista sobre as regiões pecuárias até que autoridades chinesas e brasileiras cheguem a um acordo para a retomada do fluxo de exportações entre os países.
O adiamento de abate associado à entrada de lotes de bovinos terminados oriundos de confinamentos próprios (boitéis) gerou escalas confortáveis. Existem plantas frigoríficas que já estão fechando suas programações de abate para a última semana de outubro. O setor monitora com atenção o mercado externo, importante para a sustentação do boi gordo. Em São Paulo, o boi gordo registra baixa, cotado a R$ 279,00 por arroba à vista e a R$ 286,00 por arroba a prazo. No País, o movimento baixista ganha força. No Pará, o boi gordo é negociado a R$ 272,00 por arroba à vista. Outra importante região pecuária, o Rio Grande do Sul, também apresenta queda no preço boi gordo, a R$ 9,95 por Kg.
Em Goiás, especula-se a paralisação dos abates em mais uma planta frigorífica e a cotação é de R$ 270,00 por arroba à vista. Em Tocantins, os poucos registros de negócios ocorrerem a preços mais baixos e com pequenos lotes. A disparidade entre os preços de compra e venda é crescente. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 268,00 por arroba à vista e em Minas Gerais, R$ 278,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a ponta da agulha está cotada a R$ 15,60 por Kg. O traseiro do boi é negociado a R$ 22,60 por Kg. O dianteiro está cotado a R$ 15,60 por Kg. O ritmo das vendas da proteína ainda evolui a passos lentos, o que vem permitindo ajustes negativos mesmo sem haver excedentes de oferta.