15/Out/2021
Os preços do boi gordo continuam recuando no mercado físico. O movimento é resultado da menor demanda de frigoríficos por bovinos terminados, com a permanência do embargo aos embarques de carne bovina à China, por causa dos casos atípicos de "vaca louca". Com as escalas de abate preenchidas, as unidades de abate se afastaram dos negócios. Parte das indústrias está segurando lotes de carne bovina nas câmaras frias, mas há aquelas que começaram a redirecionar esses estoques para o mercado interno para dar vazão à produção. A preocupação é que o mercado doméstico não mostra fôlego suficiente para absorver a oferta vigente e a demora numa sinalização por parte da China agrava o quadro.
A ausência da China entre os principais compradores de carne bovina brasileira começou a ser observada nos dados de embarques do Brasil, após um volume recorde de vendas externas no mês de setembro. Em São Paulo, a fraca negociação pressiona os preços. A cotação é de R$ 271,00 por arroba à vista e R$ 276,00 por arroba a prazo. Em Tocantins e em Minas Gerais, a cotação é de R$ 263,00 por arroba à vista. Em Goiás e em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 258,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 260,00 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 268,00 por arroba.
Na Região Norte do País, as indústrias estão abastecidas e saíram das compras, com escalas preenchidas até o dia 20 deste mês. No Pará, a cotação é de R$ 268,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o feriado do dia 12 de outubro ajudou a regularizar o escoamento de proteína bovina ao mercado doméstico. Porém, a tendência é baixista em função da fraca atuação dos distribuidores e varejistas. A cautela permanece no setor, especialmente com a manutenção da redução dos abates dos frigoríficos. Com isso, os preços dos principais cortes bovinos estão sustentados. A ponta da agulha segue cotada a R$ 14,10 por Kg; o dianteiro é negociado a R$ 15,10 por Kg; e o traseiro do boi permanece cotado a R$ 22,10 por Kg.