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27/Out/2021

Boi: preços pressionados com a ausência da China

O mercado físico de boi gordo segue guiado pelas expectativas quanto à retomada das compras de carne bovina brasileira pela China. Enquanto o aval para o retorno dos embarques não chega, os frigoríficos se mantêm afastados dos negócios, com escalas de abate confortáveis. Mesmo os que produzem para o mercado doméstico estão ausentes neste momento, em função da irregularidade no escoamento da carne bovina nesta segunda quinzena do mês. Com isso, os preços do boi gordo cedem em um ambiente de baixa liquidez de negócios. Em algumas regiões pecuárias, nota-se uma certa acomodação dos preços, já que as efetivações de novos negócios vêm ficando cada vez mais raras.

As indústrias com escalas de abates prontas até os primeiros dias de novembro têm limitado seus processos de compra de gado, mas já diminuiu o número de pecuaristas com oferta disponível para comercialização. Enquanto isso, os números evidenciam a falta que faz a China entre os principais importadores do País. Segundo levantamento preliminar da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a quarta semana do mês, o Brasil exportou 62.617 toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. O período compreende 15 dias úteis. A média diária de exportação ficou em 4.174 toneladas, 48,68% a menos do que as 8.134 toneladas embarcadas por dia em outubro do ano passado.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 260,00 por arroba à vista e a R$ 266,00 por arroba a prazo.

Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 251,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 250,00 por arroba à vista e R$ 251,00 por arroba a prazo. O Estado também foi um dos que teve o maior encurtamento das escalas de abate. As programações das indústrias atendem a 8,86 dias úteis, em média. Em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 261,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O dianteiro do boi e a ponta da agulha estão cotados a R$ 13,60 por Kg. O traseiro é negociado a R$ 21,40 por Kg. O ritmo dos embarques lentos e a disponibilidade de mercadoria que seria exportada deixam o ambiente de preços volátil. Os baixos preços das carnes concorrentes também colaboram.