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28/Out/2021

Frango: casos humanos de gripe aviária na China

Um salto no número de pessoas infectadas com a gripe aviária na China este ano está aumentando a preocupação entre os especialistas, que afirmam que uma cepa que circulava anteriormente parece ter mudado e pode ser mais infecciosa para as pessoas. A China relatou 21 infecções humanas com o subtipo H5N6 da gripe aviária em 2021 para a Organização Mundial da Saúde (OMS), em comparação com apenas 5 no ano passado. Embora os números sejam muito menores do que as centenas de infectados pelo H7N9 em 2017, as infecções são graves, deixando muitos em estado crítico e pelo menos 6 mortos. Segundo o Erasmus University Medical Center em Rotterdam, o aumento de casos humanos na China este ano é preocupante, pois é um vírus que causa alta mortalidade. A maioria dos afetados teve contato com aves, e não há casos confirmados de transmissão entre humanos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS), que destacou o aumento dos casos.

O órgão observou que mais investigações são urgentemente necessárias para entender o risco e o aumento da transmissão para os humanos. Desde então, uma mulher de 60 anos na província de Hunan foi hospitalizada em estado crítico com a gripe H5N6 em 13 de outubro, de acordo com um comunicado do governo de Hong Kong. Embora casos humanos de H5N6 tenham sido relatados, nenhum surto de H5N6 havia sido relatado em aves domésticas na China desde fevereiro de 2020. A China é o maior produtor mundial de aves e o maior produtor de patos, que atuam como reservatórios para os vírus da gripe. Um estudo publicado em setembro no site do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirmava que o aumento da diversidade genética e distribuição geográfica do H5N6 representa uma séria ameaça à indústria avícola e à saúde humana. Os vírus da Influenza Aviária circulam constantemente em aves domésticas e selvagens, mas raramente infectam pessoas.

No entanto, a evolução dos vírus, que tem aumentado à medida que as populações de aves crescem, é uma grande preocupação porque eles podem se transformar em um vírus que se espalha facilmente entre as pessoas e podem causar uma pandemia. O maior número de infecções pelo H5N6 ocorreu na província de Sichuan, no sudoeste da China, embora casos também tenham sido relatados nas vizinhas Chongqing e Guangxi, bem como nas províncias de Guangdong, Anhui e Hunan. Pelo menos 10 foram causados por vírus geneticamente muito semelhantes ao vírus H5N8, que devastou granjas avícolas em toda a Europa no inverno passado e matou aves selvagens na China. Isso sugere que as infecções mais recentes pelo H5N6 na China podem decorrer de uma nova variante. Pode ser que essa variante seja um pouco mais infecciosa para os humanos ou pode haver mais desse vírus nas aves no momento, e é por isso que mais pessoas estão sendo infectadas.

Segundo relatório do CDC da China, 4 dos afetados de Sichuan criaram aves domésticas e estiveram em contato com aves mortas. Outro infectado comprou um pato em um mercado de aves vivas uma semana antes de desenvolver os sintomas. De acordo com o Centro de Emergência para Doenças Transfronteiriças de Animais na FAO, a China vacina as aves contra a gripe aviária, mas a vacina usada no ano passado pode proteger apenas parcialmente contra vírus emergentes, evitando grandes surtos, mas permitindo que o vírus continue circulando. Na China, as criações de quintal são comuns e muitas pessoas ainda preferem comprar galinhas vivas nos mercados. A cidade de Guilin, na região de Guangxi, que teve 2 casos humanos em agosto. Fonte: Reuters. Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.