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01/Nov/2021

Boi: preços pressionados e frigoríficos cautelosos

A liquidez do mercado físico de boi gordo segue marcada pela menor procura das indústrias por gado terminado, com o sentimento de cautela predominando entre os frigoríficos. Ao mesmo passo em que os exportadores aguardam a retomada das compras de carne bovina pela China, as plantas de abate que operam apenas para o mercado doméstico monitoram a possível reação do consumo nesta virada de mês, quando consumidores brasileiros costumam elevar as compras da proteína. Enquanto isso, os preços do boi gordo são pressionados pelo esvaziamento do mercado, sobretudo nas regiões em que há maior a concentração de unidades habilitadas a exportar para a China. Embora a expectativa seja de uma normalidade das cotações tão logo a China retome as compras, a conjuntura pode não ser revertida de maneira veloz.

De certa forma, o sentimento que impera no setor é que, por mais que haja uma retomada das vendas à China, o desarranjo provocado não deverá gerar uma retomada mais consistente dos preços do boi gordo. A indústria, além de escalas confortáveis, trabalha para equalizar a produção à demanda vigente. A situação é apertada também para os produtores, que vêm sendo forçados a comercializar os lotes de gado terminado do segundo giro de confinamento a preços mais baixos do que o esperado para esta época do ano. Somam-se a isso os custos de produção, que continuam altos e limitam a permanência dos bovinos no cocho por mais tempo. Em São Paulo, o movimento de queda persiste e o boi gordo está cotado a R$ 256,00 por arroba à vista e a R$ 263,00 por arroba a prazo. A pressão baixista ainda dá o tom dos negócios em outras regiões pecuárias do País. Em Minas Gerais, o boi gordo é negociado a R$ 253,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 256,00 por arroba à vista.

Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 239,50 por arroba à vista. Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 246,00 por arroba a prazo. A exceção é a Região Sul do Brasil, onde os preços estão firmes. As indústrias exportadoras locais dispõem de agentes compradores do Oriente Médio e outros países do Leste Asiático, que seguem com demanda forte. No Rio Grande do Sul, o boi gordo é negociado a R$ 288,00 por arroba à vista. Esta é a maior cotação praticada entre as regiões. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem estáveis. O traseiro está cotado a R$ 21,40 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta de agulha estão cotados a R$ 13,10 por Kg. A virada de mês reserva um quadro de recuperação no fluxo das vendas ao mesmo tempo em que a indústrias frigoríficas vêm procurando ajustar a produção ao consumo. Abates controlados e chegada das festas de final de ano podem devolver alguma firmeza ao setor.