08/Nov/2021
A pressão sobre os preços do boi gordo começa a se arrefecer no mercado físico, com a reação do consumo doméstico neste início de mês. Com a confirmação de maior regularidade no escoamento da carne bovina aos consumidores brasileiros, os frigoríficos estão aumentando as compras de gado terminado para preencher as escalas de abate para as próximas semanas. Soma-se a isso a conjuntura de menor oferta de bois prontos para o abate em algumas regiões do País, após os produtores terem comercializado os lotes oriundos do segundo giro de confinamento. A queda no número de bovinos abatidos nos últimos dois meses, setembro e outubro, serviu para adequar um pouco melhor a produção de carne à demanda vigente, sobretudo depois da paralisação dos envios da mercadoria à China.
Depois desse longo processo, o setor vem sendo amparado pela recuperação do consumo interno, efeito sazonal gerado pela maior entrada de massa salarial típica de final de ano, com o pagamento do 13º salário. Mas, o setor segue atento ao andamento das negociações entre autoridades brasileiras e chinesas para a liberação do fluxo de exportações de carne bovina para a China, após os dois casos atípicos do "mal da vaca louca". A suspensão completou dois meses no dia 4 de novembro e o Ministério da Agricultura mantém a informação de que não há previsão para o retorno. Em São Paulo, a tendência baixista se inverteu e os preços estão em alta. O boi gordo está cotado a R$ 257,00 por arroba à vista. No Pará, em função do aumento na oferta, o preço registra queda e o boi gordo está cotado entre R$ 241,50 e R$ R$ 244,50 por arroba à vista.
Em Mato Grosso, por outro lado, a escassez na oferta eleva o preço, a R$ 242,50 por arroba à vista. Em Goiás, a cotação é de R$ 243,00 por arroba a prazo. O Rio Grande do Sul detém o boi gordo mais valorizado do País, a R$ 291,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 260,00 por arroba à vista e em Minas Gerais, R$ 258,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, há aumento nas vendas de carne bovina. A produção vinha sendo regulada e qualquer sinal de recuperação é suficiente para abrir espaço para firmeza dos preços. A recuperação acontece por efeito sazonal, com a entrada da massa salarial. O traseiro passou de R$ 21,10 por Kg para R$ 21,60 por Kg. O dianteiro subiu de R$ 12,60 por Kg para R$ 13,10 por Kg, mesmo patamar alcançado pela ponta da agulha, que antes estava em R$ 12,10 por Kg.