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19/Nov/2021

JBS aposta no mercado das proteínas cultivadas

A JBS dá entrada no mercado de proteína cultivada, com um acordo para aquisição do controle da espanhola BioTech Foods. A transação torna a brasileira acionista majoritária da empresa europeia e engloba a construção de uma fábrica na Europa para escalar a produção. Soma-se a esse investimento a criação do primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Proteína Cultivada do Brasil. Ao todo, nesses dois projetos, serão alocados US$ 100 milhões pela JBS nos próximos anos. A JBS concluiu que a Biotech tem uma tecnologia muito competitiva e um forte domínio sobre ela. Ainda não se sabe qual vai ser o tamanho desse mercado, mas o objetivo da empresa é tornar-se líder. Do total, cerca de US$ 41 milhões devem ser utilizados para a construção da nova fábrica da Biotech na Espanha.

A ideia é ampliar a produção de carne cultivada de 1 tonelada por ano para 1.000 toneladas por ano. A tecnologia está pronta; agora o momento é de dar escala a esse processo produtivo. Por enquanto, a companhia espanhola opera uma planta-piloto em San Sebastian, na Espanha, com a produção destinada apenas para testes. O início da construção da segunda fábrica deve ocorrer no começo de 2022, com a comercialização dos produtos prevista para o início de 2024. O executivo explica que a proteína será utilizada em produtos de maior valor agregado, tais como hambúrgueres, almôndegas e embutidos, e que esse portfólio precisará ser aprovado pelas agências reguladoras dos países que tiverem interesse em comercializar.

A expectativa é de que, nesses dois anos, seja possível obter licença para comercializar na maioria dos países em que a JBS está presente. A tecnologia tem potencial não apenas para a produção de proteína bovina, mas também para a de frangos, suínos e pescados. No Brasil, o Centro de Pesquisa deve ser inaugurado em 2022 e contará com uma equipe de 25 pesquisadores que trabalharão no desenvolvimento de inovações e tecnologias no setor de alimentos. A proposta é que as novas técnicas acelerem a produção e reduzam os custos para a proteína cultivada, de modo a antecipar a comercialização no mercado. Para além do centro, está prevista no planejamento da empresa a construção de uma planta com extensão de 10 mil metros quadrados para produção de proteína cultivada no Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.