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22/Nov/2021

Leite: custos de produção avançaram em outubro

O COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária leiteira registrou elevação de 1,80% entre setembro e outubro na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), influenciado, sobretudo, pelos avanços registrados nos grupos de adubos e corretivos (+14,62%) e de combustíveis (+5,56%). Os aumentos nesses grupos estão atrelados às valorizações do barril de petróleo e às dificuldades logísticas internacionais. Neste ano, até outubro, o Custo Operacional Efetivo acumula alta de 17,25% na “Média Brasil”. Para o grupo de adubos e corretivos, a alta em outubro é a maior desde o início deste ano.

Esse resultado é consequência do aumento nos custos de produção e transporte das matérias-primas, além da valorização do dólar, que subiu 9,5% somente nos últimos dois meses, e da elevada demanda por esses insumos devido ao plantio da safra 2021/2022. No acumulado do ano (de janeiro a outubro), os preços desses insumos subiram 66,38% nos Estados acompanhados pelo projeto Campo Futuro da Confederação nacional da Agricultura (CNA), em parceria com o Cepea afetando os custos de produção especialmente no curto prazo. Quanto aos suplementos minerais, a valorização foi de 1,71% de setembro para outubro, também devido aos maiores custos de produção e transporte, ao dólar forte e à demanda firme.

Os Estados que apresentaram os aumentos mais significativos em outubro foram Bahia (46,22%), Minas Gerais (39,30%) e Paraná (30,91%). No acumulado do ano, esse grupo se valorizou 26,50% na “Média Brasil”. A retração nas cotações da soja e do milho pressionou os valores das rações e do concentrado em alguns Estados, como Goiás (-1,08%), Paraná (-0,79%), Rio Grande do Sul (-0,20%) e São Paulo (-0,10%). Em Minas Gerais e Santa Catarina, por outro lado, as cotações ainda registraram altas de 0,37% e 0,31%, respectivamente. Desde o início do ano, os concentrados acumulam valorização de 14,40% na “Média Brasil”. Em outubro, o poder de compra frente ao milho melhorou para o produtor de leite: foram necessários 38,58 litros para a aquisição de 1 saca de 60 Kg do cereal, contra 38,80 litros no mês anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.