23/Nov/2021
O mercado físico de boi gordo inicia a semana com preços firmes. Após as altas na semana passada, os frigoríficos tendem a monitorar as vendas de carne bovina no fim de semana para traçar estratégias de aquisição de gado terminado nos próximos dias. As altas alcançadas no decorrer da semana passada possibilitaram uma maior liquidez de negócios, que ajudou boa parte das unidades de abate a finalizar suas escalas para a próxima semana, embora ainda se tenha relatos de lacunas e irregularidade entre as programações. As escalas de abate da indústria ainda são curtas, com a média nacional de cinco dias úteis. Em São Paulo e Tocantins, as indústrias têm sete dias úteis programados. Em Minas Gerais, Goiás e mato Grosso, as escalas atendem a cinco dias úteis.
A situação é mais apertada em Mato Grosso do Sul e Rondônia, onde as programações de abate se encontram em quatro e três dias úteis preenchidos, nesta ordem. Depois de quase três meses da suspensão das compras de carne bovina brasileira pela China, o setor pecuário exportador continua sob pressão, agora com a atenção voltada para uma eventual paralisação das importações dos Estados Unidos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 305,50 por arroba à vista e a R$ 315,00 por arroba a prazo. Na Bahia, a cotação é de R$ 288,50 por arroba à vista. No Rio de Janeiro, o boi gordo é negociado a R$ 290,50 por arroba à vista. Na Região Norte, nota-se uma resistência e cautela entre as unidades de abate. As indústrias estão pulando abate em suas escalas, atentas à consistência do consumo de carne tanto no mercado interno como externo.
No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 286,00 por arroba à vista e em Rondônia, a R$ 279,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os cortes do traseiro permanecem cotados a R$ 23,10 por Kg. A ponta da agulha segue negociada a R$ 15,60 por Kg. Mas, os cortes do dianteiro passaram de R$ 16,60 por Kg para R$ 17,10 por Kg. A oferta de mercadoria está bem regulada ao consumo vigente, efeito dos problemas com o ritmo de abate nas indústrias frigoríficas. Tal fato deve manter o descompasso entre oferta e demanda e garantir suporte aos preços dos principais cortes. A carcaça de bovinos castrados e a de bovinos inteiros registram alta de 3,6% e 3,2% nos últimos sete dias, respectivamente, para R$ 19,37 por Kg e R$ 18,85 por Kg.