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26/Nov/2021

Boi: preços se estabilizam com uma menor liquidez

O fluxo de negócios no mercado físico de boi gordo está em menor ritmo, reflexo da demanda mais fraca do mercado doméstico, situação típica da segunda quinzena do mês. A trajetória de forte alta da arroba do boi gordo parece ter se estabilizado, enquanto a cautela que predominava no setor nos últimos meses ganha espaço novamente. Os frigoríficos exportadores ainda aguardam uma liberação dos embarques de carne bovina à China, depois que as autoridades do país asiático autorizaram a entrada de lotes certificados antes do dia 4 de setembro. Outro sinal vindo do exterior foi a habilitação pela Rússia de mais três frigoríficos de proteína bovina no País, após as duas plantas reabilitadas na semana passada e o anúncio de uma nova cota de exportação com isenção de tarifa aduaneira por seis meses.

O setor pecuário tem visto a movimentação da Rússia como bem-vinda, especialmente neste momento de incertezas quanto à retomada das compras do maior importador de carne bovina do Brasil. A indústria aguarda o início do próximo mês para ampliar a busca por gado terminado. Depois de concluir suas programações de abate, preenchidas ao menos até o começo da próxima semana, muitas unidades frigoríficas saíram das compras. Algumas unidades estão postergando abates, pulando dia em suas escalas, utilizando lotes próprios, o que demonstra o atual quadro de escassez de oferta. Em São Paulo, os preços estão firmes. O boi gordo está cotado a R$ 308,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Na Bahia, a cotação é de R$ 298,50 por arroba à vista. Em Alagoas, o boi gordo está cotado a R$ 290,50 por arroba à vista.

Em Mato Grosso, Goiás e no Maranhão, a dificuldade na aquisição de lotes mais volumosos em meio às curtas escalas de abate gera espaço para novas altas. Porém, mesmo com a valorização da arroba, os poucos negócios efetivados envolvem lotes pequenos. Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 305,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem sustentados. Os cortes do traseiro permanecem a R$ 23,10 por Kg e os da ponta da agulha se mantêm a R$ 15,60 por Kg. O dianteiro está cotado a R$ 17,10 por Kg. As cotações se mantêm, apesar do fluxo mais lento de vendas, por causa da baixa oferta de mercadoria. De certa forma, a irregularidade no abate junto às indústrias frigoríficas tem mantido os estoques bem regulados à demanda vigente. Desta forma, o cenário segue propício a estabilidade de preços.