29/Nov/2021
O mercado físico de boi gordo apresenta estabilidade de preços nas regiões pecuárias. Nesta época do mês, o consumo doméstico tende a se arrefecer, o que leva as indústrias a aguardarem para retomar as compras de gado terminado e preencher as programações de abate. Dessa forma, a liquidez de negócios recua novamente e frigoríficos e pecuaristas entram em compasso de espera para avaliar as vendas do atacado e do varejo no fim de semana. A oferta escassa de boiada gorda ainda mantém um quadro de forte especulação de preços e isso tem afastado grande parte das indústrias das aquisições de novos lotes.
Os frigoríficos temem que o repasse mais imediato dos preços prejudique a boa dinâmica das vendas da proteína no mercado interno por efeito da segunda quinzena de mês. A perspectiva é de que o preço da carne bovina no varejo alcance um pico em dezembro. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 309,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 307,50 por arroba à vista e em Goiás, R$ 300,50 por arroba à vista.
Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul a alta decorre de um movimento das indústrias de preencher as escalas de abate. Assim, o boi gordo é negociado a R$ 307,00 por arroba a prazo. Na Bahia, a indústria eleva o preço para concluir suas escalas de novembro. Em Rondônia, a dificuldade de compra mantém o mercado firme e especulado. Em São Paulo, no atacado, os cortes do traseiro permanecem em R$ 23,10 por Kg. A ponta da agulha está cotada a R$ 15,60 por Kg e o dianteiro, a R$ 17,10 por Kg. Como os abates continuam limitados, a produção também está apertada. Embora as vendas tenham diminuído, o fluxo regular foi suficiente para garantir suporte à firmeza dos preços.