10/Dez/2021

A BRF planeja começar a produzir carne na China como parte de um plano de crescimento agressivo que pode mais do que dobrar as vendas líquidas anuais até 2030. A BRF atende principalmente o mercado chinês por meio de exportações. Mas, à medida que a China reconstruiu seu rebanho suíno e a pandemia abalou a logística global, a presença local, como a BRF teve por anos no Oriente Médio, será fundamental. Para ser um player muito mais relevante na China, é preciso aumentar a produção local.

A BRF já atua na China por meio de parcerias locais em vendas e distribuição. A BRF não descarta aquisições na China, mas a preferência é por construir uma fábrica própria da empresa. Com a aquisição de um rival ou produtor local, pode não ter o portfólio de que os consumidores mais jovens precisam. A imensa pressão de custos não impedirá a empresa de atingir metas como a receita líquida de R$ 65 bilhões (US$ 11,65 bilhões) até 2024 e R$ 100 bilhões até 2030.

Os preços dos insumos devem cair até 2022, pois milho, farelo de soja e as embalagens mais que dobraram em 2021. Embora os preços mais altos dos insumos tenham atrasado os planos de dobrar os lucros operacionais em um ano, a venda de mais produtos alimentícios processados no Brasil e em mercados como o da Turquia pode ajudar a restaurar as margens.

Outras “avenidas de crescimento” incluem o investimento na produção de carnes cultivadas, produtos à base de plantas e para animais de estimação, sendo este último um segmento em que a empresa fez duas aquisições neste ano. A BRF pretende ser a segunda maior empresa brasileira de alimentos para animais de estimação até 2025. Houve um aumento de 15 vezes na capacidade de produção após as duas aquisições. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.