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11/Fev/2022

Boi: preços firmes e indústria retraída das compras

O mercado físico do boi gordo segue com baixa liquidez e preços firmes na maior parte das regiões. novidades nos fundamentos, o cenário é de oferta bem restrita de gado terminado, enquanto a demanda permanece sustentada, especialmente pelas exportações. Os frigoríficos evitam aumentar os estoques diante da irregularidade das vendas de carne bovina no mercado atacadista. Algumas unidades de abate trabalham com certo nível de ociosidade, com escalas atendendo, em média, seis dias.

As programações atendem de forma adequada a demanda pela carne, típica de primeira quinzena do mês, quando ocorre o pico de consumo no mercado doméstico. Além disso, plantas processadoras voltam suas operações em grande escala para atender o mercado externo, fundamentando a pouca liquidez no ambiente de negócios registrada nos últimos dias. Além da postura mais moderada dos frigoríficos nas ofertas de preço, também tem pesado sobre os futuros do boi a apreciação cambial, já que a moeda norte-americana saiu da faixa de R$ 5,70 no início do ano para entre R$ 5,25 e 5,30 nos últimos dias, o que reduz a competitividade das exportações.

Quanto ao consumo doméstico, o cenário deve continuar difícil para os frigoríficos não exportadores, o que modera as expectativas. O Brasil ainda é competitivo com o boi gordo cotado abaixo de US$ 65,00 por arroba com somente o Paraguai mais barato, na faixa de US$ 54,00 por arroba. Em São Paulo, os preços se mantêm estáveis a R$ 328,00 por arroba à vista e R$ 340,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 307,50 por arroba à vista.

A demanda doméstica sem força tem estimulado os frigoríficos a comercializarem carne para outros Estados. No Maranhão, a cotação é de R$ 290,00 por arroba a prazo. No Pará, o boi gordo é negociado a R$ 289,00 por arroba à vista e a R$ 291,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a expectativa é de vendas mais ativas e regulares. Os estoques de atacadistas estão bem adequados para atender repiques de demanda, o que mantém os preços dos principais cortes bovinos estabilizados.

O traseiro é negociado a R$ 24,10 por Kg, enquanto o do dianteiro e a ponta da agulha continuam cotados a R$ 17,10 por Kg. O ritmo cadenciado dos abates diários de bois terminados ajustou a produção à demanda. Os preços devem seguir nas proporções das cotações atuais e com pretensões de alta por parte das indústrias, porém ainda não receptíveis pela cadeia de distribuição.