24/Jun/2022
O saldo negativo da balança comercial de lácteos triplicou de abril para maio, chegando a US$ 26,3 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em volume, também houve aumento no déficit, na ordem de 167,2%, com saldo negativo de 53 milhões de litros em equivalentes de leite, próximo ao patamar observado em março. Esse resultado é explicado pelo aumento de 51,5% das importações e pela queda de 47,2% nas exportações em maio. As importações de derivados lácteos somaram 65,4 milhões de litros em equivalente leite, volume 9,5% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Esse cenário se deve à baixa disponibilidade da matéria-prima no mercado brasileiro, intensificada pelo período da entressafra.
Além disso, houve desvalorização de 8% no dólar, em relação a abril/2022, favorecendo as compras externas de lácteos. Os leites em pó foram responsáveis por 56% das aquisições brasileiras em maio, somando aproximadamente 37 milhões de litros em equivalente leite, 37% a mais que no mês anterior. O preço médio desses produtos subiu 9,9%, chegando a US$ 4,09 por Kg. Os principais fornecedores desses lácteos foram Argentina (que representou 64% do total embarcado), Uruguai (27%) e Paraguai (9%). A categoria de queijos representou 42% do total importado, totalizando 27,3 milhões de litros em equivalente leite, alta de 37,3% frente a abril. O preço médio comercializado foi de US$ 6,88 por Kg, valor 8% inferior ao de abril.
Além disso, o valor médio da manteiga também caiu, 8%, indo para US$ 6,74 por Kg. De abril para maio, o volume importado deste derivado, em litros em equivalente leite, cresceu 108%. No caso das exportações, somaram 12,2 milhões de litros em equivalente leite em maio, queda de 38% em relação ao volume de maio/2021. A diminuição nas vendas externas esteve atrelada à menor disponibilidade de lácteos no mercado doméstico e, consequentemente, ao aumento no preço. O volume embarcado de leites em pó caiu 65,1% em relação a abril, mas essa categoria de produtos continuou sendo a principal na pauta de exportações, correspondendo por 47% da quantidade total negociada. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.