22/Set/2022
Diante das valorizações do milho e do farelo de soja e dos recuos nos preços do suíno vivo no mercado independente desde o encerramento de agosto, o poder de compra do suinocultor registra recuo na média parcial de setembro frente ao do mês anterior, interrompendo o movimento de avanço que vinha sendo observado desde março deste ano. Na média parcial deste mês, o suíno vivo é negociado a R$ 6,96 por Kg na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), recuo de 3,9% em relação a agosto, mas 0,6% acima da média registrada em setembro de 2021. Em Santa Catarina, na região oeste, o suíno é comercializado a R$ 6,44 por Kg, em média, retração de 4,0% frente ao mês anterior e ainda 1,6% abaixo da média do mesmo período do ano passado. No mercado de milho, o forte ritmo das exportações brasileiras, a alta dos preços internacionais e a perspectiva de menor produção mundial impulsionaram as cotações do cereal.
Em Campinas (SP), o milho é negociado a R$ 83,82 por saca de 60 Kg na parcial de setembro, aumento de 1,6% frente a agosto, porém, 9,3% menor que o preço médio registrado no mesmo período do ano passado. Em Santa Catarina, na região de Chapecó, a valorização mensal é de 0,3%, com o cereal cotado a R$ 90,53 por saca de 60 Kg na média parcial de setembro, já no comparativo anual, o movimento é de queda (5,2%). Quanto ao farelo de soja, os preços registram alta de 0,8% na parcial deste mês frente a agosto em São Paulo, com o produto cotado a R$ 2.625,28 por tonelada em setembro. No comparativo anual, o avanço é de 9,4%. Em Chapecó (SC), o recuo de 0,8% no preço do derivado em setembro, negociado à média de R$ 2.520,95 por tonelada, não é o suficiente para frear a perda do poder de compra do suinocultor na parcial deste mês.
Assim, considerando-se o suíno negociado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas (SP), o suinocultor paulista pode comprar 5,02 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno vivo nesta parcial de setembro, quantidade 5,5% menor que a de agosto, porém, 10,8% maior que a do mesmo mês de 2021. De farelo de soja, o suinocultor consegue adquirir 2,67 Kg, recuo mensal de 4,9% e anual de 8,1%. Em Santa Catarina, o cenário não é diferente. Considerando-se o suíno independente e os insumos comercializados no mercado de Chapecó (SC), o suinocultor consegue comprar 4,37 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno na parcial de setembro, quantidade 2,4% abaixo da do mês passado, mas ainda 6,2% superior à de setembro/2021. De farelo de soja, o produtor pode adquirir 2,62 Kg em setembro, recuo mensal de 1,2% e anual de 9,9%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.