29/Set/2022
De acordo com o boletim AgroConab, edição de setembro, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento da oferta de bois prontos para o abate pressiona para baixo os preços da carne bovina. A demanda interna, no entanto, permanece contida e deve continuar assim, pelo menos no curto prazo, em virtude do baixo poder aquisitivo dos consumidores que optam por outras proteínas mais baratas. Embora o consumo interno apresente um cenário restritivo, as primeiras estimativas apontam para leve recuperação de 2,9% na produção de carne bovina em 2023.
No mês de agosto, os preços médios do boi gordo recuaram 3,7% em comparação com o mês anterior. Mesmo em período de entressafra, o mercado registra melhora da oferta de gado para o abate oriundo principalmente de confinamento. Quanto à demanda internacional, as exportações de carne bovina aumentaram 18,8% em agosto em relação ao mês anterior e 7,1% ante igual período do ano passado. De todo o volume exportado em agosto, 55,9% tiveram como destino a China. Entre janeiro e agosto, o País embarcou volume 15,4% maior que igual mês de 2021.
A forte demanda chinesa favorece o setor pecuário brasileiro na atual conjuntura. Entretanto, com a gradativa recuperação da produção interna de proteína animal pela China, a tendência é que a médio prazo essa demanda vá se reduzindo. O aumento do volume exportado para a China no período acumulado de janeiro a agosto, foi de 31,0%, comparativamente ao mesmo período de 2021. Isso reflete a escassez do produto no mercado mundial, bem como a alta competitividade do produto brasileiro nesse mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.