07/Dez/2022
Em ranking criado pela FAIRR, iniciativa que engloba gestores com US$ 70 trilhões em ativos, a JBS caiu uma posição, para a 16ª posição. O índice Coller FAIRR Protein Producer, divulgado anualmente, reúne apenas grupos de proteínas e de capital aberto, avaliadas segundo dez critérios ESG. A agroindústria continua sendo considerada de “risco médio”. A nota à política de desmatamento da companhia piorou. A FAIRR aumentou o rigor e agora só atribui as melhores notas às empresas que se compromete a eliminar o desmate até 2025 e inclui o fim da prática dentro da lei. A JBS perdeu pontos por não se comprometer com o fim do desmate legal e, portanto, não ter uma data de corte associada, além de não ter incluído na meta a Austrália, que tem áreas de alto risco de desmatamento. A JBS afirmou que está comprometida com o desmatamento ilegal zero no Brasil até 2025 e em zerar o desmatamento global em sua cadeia até 2030.
A companhia assinou compromisso na COP-27 que prevê desmates legal e ilegal zero na Amazônia até 2025. A empresa disse, ainda, que aproveita os resíduos e dejetos em sua subsidiária Campo Forte Fertilizantes. A BRF manteve-se na 12ª posição, com melhora em suas notas de segurança alimentar e condições de trabalho, mas piora na de emissões de gases-estufa por causa do aumento de 10% nas emissões nos escopos 1 e 2. A Minerva subiu uma colocação, para a 19ª posição. Suas notas melhoraram em segurança alimentar, antibióticos e emissões, mas a avaliação sobre desmatamento piorou porque o prazo de 2030 para acabar com a prática é considerado fraco e porque a companhia não tem meta sobre desmate legal. A empresa já monitora 100% dos fornecedores diretos em Brasil e Paraguai, 80% na Colômbia e 90% na Argentina. No Uruguai, a meta é chegar a 100% até 2025.
A empresa usa ferramentas como o Visipec e o aplicativo Prospec para ampliar o monitoramento dos indiretos. No geral, as 60 companhias avaliadas tiveram desempenho considerado ruim nos temas de desmatamento, poluição e conservação de recursos hídricos, que são os três principais pilares da Conferência da Biodiversidade (COP-15), que começa nesta quarta-feira (07/12) em Montreal, no Canadá. Espera-se que os países firmem compromissos de proteção à biodiversidade com metas até 2030. Das empresas avaliadas, 87% dizem não checar se as fazendas estão em área com estresse hídrico, e 83% não exigem de fornecedores planos para evitar contaminação de cursos d'água com adubos e dejetos animais. Além disso, 60% delas ainda obtêm soja de áreas com alto risco de desmate e não têm metas para acabar com o problema em suas cadeias. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.