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27/Fev/2023

Boi: governo segue protocolo nas vendas à China

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou com representantes da indústria de carnes que o governo está seguindo o protocolo necessário na apuração e nas providências tomadas quanto ao caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença popularmente conhecida como "mal da vaca louca", registrado em um animal no Pará. A mensagem foi passada em encontro do ministro com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) na sexta-feira (24/02).

Ele destacou que é um caso isolado e que todas características são da forma atípica, o que não muda o status sanitário do Brasil para a doença. Quanto à relação com a China, para onde as exportações foram suspensas voluntariamente por período temporário, o ministro disse que irá cumprir de maneira integral e por força protocolar o acordo firmado com o país em 2015, mas garantiu que irá empenhar todos os esforços do governo federal, incluindo Itamaraty e Palácio do Planalto, para retomar as exportações o mais breve possível.

O governo aguarda o resultado do exame de tipificação do caso de EBB, se é clássico ou atípico (que surge de forma espontânea no organismo do animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano) para enviar uma delegação ao país asiático para reabrir o mercado. Dos presentes, Fávaro ouviu a preocupação com o período sem embarques para a China e a comparação com o caso de 2021, quando as exportações ficaram suspensas por mais de 100 dias em virtude da ocorrência de casos atípicos no Brasil.

Um protocolo bilateral assinado em 2015 por Brasil e China prevê a suspensão imediata das exportações da proteína brasileira em caso de identificação de EEB e exige a presença de uma delegação técnica do ministério na China para discutir as condições para prosseguir com a exportação dos produtos. Segundo o documento, diante do caso, a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da República Popular da China (AQSIQ) deverá reavaliar o status de risco do Brasil, se aceita a derrubada do auto embargo e se vai retomar as importações das proteínas.

A China responde por mais de 60% das exportações da carne bovina nacional. Ao ministro, industriais também disseram haver receio do setor de que outros países compradores da proteína brasileira pudessem adotar o mesmo tipo de embargo. O ministro reafirmou que será avaliado caso a caso e atendidos todos importadores com igual atenção e informações necessárias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.