07/Jun/2023
Entrar em uma granja comercial requer alguns cuidados especiais para proteção dos planteis, trata-se de um espaço com alto nível de controle sanitário, ao qual têm acesso apenas profissionais habilitados e credenciados para realizar o manejo, alimentação e demais rotinas junto às aves, especialmente prestadores de serviços eventuais e periódicos. O acesso somente é permitido após desinfecção de roupas, equipamentos, troca de calçados e higienização das mãos. Esses são apenas alguns dos protocolos de biosseguridade estabelecidos para proteger a sanidade do plantel e afastar o risco da introdução de agentes nocivos que possam causar doenças às aves. Medidas como essas, possibilita ao Paraná manter posição de destaque na produção e exportação de aves e derivados do Brasil. O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) destaca que esse cenário só foi possível graças ao intenso trabalho desenvolvido nos últimos anos para reforçar a segurança sanitária na avicultura e manter longe do plantel, riscos de doenças como por exemplo, a Influenza Aviária.
Foi uma iniciativa coletiva, na qual empresas, cooperativas e produtores trabalharam em parceria com os órgãos governamentais para garantir a qualidade e a segurança da produção de frango no Estado. Segundo o Comitê Estadual de Sanidade Avícola do Paraná (COESA-PR), a biosseguridade (estrutura e boas práticas agropecuárias) para proteger a saúde animal, são exigências implantadas há anos, e constantemente aperfeiçoadas na avicultura comercial. Isso se deve, principalmente, ao trabalho contínuo dos produtores e das empresas avícolas focadas em treinamentos, checagem dos procedimentos, implementação de novos métodos de redução de cargas microbiológicas, como o enleiramento, que é um método de fermentação da cama aviária que atinge temperaturas de até 60ºC ou 70ºC, com alta redução da carga microbiológica realizada durante o intervalo entre lotes. Além disso, veterinários e técnicos passaram a fazer visitas estratégicas às unidades produtoras e abatedoras, sempre que necessário, para dar orientações, esclarecer dúvidas e reforçar a importância de se manter os protocolos de biosseguridade.
A tecnologia se tornou uma aliada das empresas, cooperativas e produtores nesse trabalho. A modernização das granjas veio acompanhada de um maior rigor e monitoramento no cumprimento dos procedimentos sanitários executado pelos produtores. O papel do Sindiavipar, da iniciativa privada, em parceria com os órgãos públicos e de controle, também foram fundamentais para que o Paraná atingisse esse nível de controle na sanidade avícola. O setor investiu em biossegurança, promovendo melhorias para proteger a saúde humana e ambiental de riscos associados ao manuseio de agentes biológicos. Dentro das cooperativas também foram desenvolvidos diversos protocolos de biosseguridade e biossegurança com o objetivo de proteger os planteis de doenças da avicultura. O primeiro passo foi ampliar os canais de comunicação com os produtores e cooperados em relação às medidas de segurança.
Para evitar qualquer possibilidade de circulação do vírus Da Influenza Aviária e de outras contaminações que possam infectar um plantel, a orientação é para que as granjas ou abatedouros não recebam visitas de pessoas que não estejam vinculadas ao sistema produtivo; reforcem as práticas de higienização entre os trabalhadores; façam a blindagem do sistema de água, que deve ser tratada e de fonte conhecida; garantam o isolamento das granjas para que aves de vida livre e outros animais não tenham contato com aves de produção comercial. O alto nível de biosseguridade faz parte da rotina de manejo da avicultura comercial do Paraná, destaque na produção e exportação de aves e derivados do Brasil, com cerca de 34% da produção nacional e 42% do volume de exportações do segmento. Fonte: Sindiavipar. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.