22/Jun/2023
Após recuo em abril, as importações de lácteos subiram 42,95% em maio, totalizando 208,8 milhões de litros em equivalente leite, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse volume é 3,2 vezes maior que o adquirido em maio/2022. Considerando-se o acumulado do ano (de janeiro a maio/2023), as compras externas somam quase 878 milhões de litros em equivalente leite, superando em 213,4% (ou seja, em pouco mais de 3 vezes) o volume registrado no mesmo período do ano passado. O avanço nas importações foi observado para todas as principais categorias de lácteos e segue motivado pela menor oferta doméstica, afetada pela entressafra da matéria-prima, e pelos preços nacionais mais elevados que os internacionais.
As compras externas de leites em pó (que representaram 79,4% do total importado em maio) subiram 46,8% em relação ao mês anterior, com média de US$ 3,82 por Kg, aumento de 1,33% no mesmo comparativo. As aquisições de queijos (que corresponderam a 19,7% do total importado) tiveram incremento de 28,8%, e o preço médio caiu 8,6% em relação a abril, a US$ 8,55 por Kg. Também vale destacar que as importações de soro de leite e de manteiga dobraram na comparação mensal. Quanto às exportações de lácteos, somaram 7,8 milhões de litros em equivalente leite, o maior volume mensal negociado em 2023, com aumento de 18% em relação a abril.
A quantidade embarcada, no entanto, ainda é 36% menor do que a registrada no mesmo período em 2022. Os queijos foram os lácteos mais exportados pelo Brasil em maio, seguidos pelo leite condensado, com participações de 32,7% e 31,5% sobre o volume total embarcado, respectivamente. Na média, os queijos foram vendidos a US$ 11,63 por Kg e o leite condensado foi negociado a US$ 3,30 por Kg, quedas de 2,6% e de 15,9% em relação a abril. Apesar do avanço das exportações, maio apresentou aumento de 52% no déficit da balança comercial, fechando com saldo negativo de US$ 103 milhões. Em volume, o déficit cresceu 44,1%, chegando a 201 milhões de litros em equivalente leite. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.