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10/Aug/2023

Cúpula da Amazônia: preservação e desenvolvimento

Na terça-feira (08/08), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou que a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém (PA), encarna um "novo sonho" para a região e o mundo. Durante seu discurso no encontro, ele destacou que a Floresta Amazônica deixou para trás um passado marcado por "sonhos impostos por outros" e sublinhou que, hoje, é o momento em que ela "se faz ouvir perante o mundo". Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura e líder do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), salientou a vital importância da comunicação eficaz para fortalecer a imagem do Brasil como uma potência tanto agroindustrial quanto agroambiental, simultaneamente à discussão sobre a proteção da Amazônia.

Para Turra, a Amazônia não é apenas um patrimônio brasileiro, mas também global, e sustentou a importância de encontrar um equilíbrio entre a conservação das florestas e o estímulo ao desenvolvimento socioeconômico da área. Ele enfatizou que a narrativa que pinta o Brasil como um predador ambiental não corresponde à realidade, dado que o País preservou vastas extensões florestais ao longo do tempo. Referindo-se a dados da Embrapa, ele observou que o Brasil mantém 28% das áreas florestais do mundo intocadas. Dentro deste cenário, Turra destacou a importância de reformular a narrativa internacional sobre a preservação da Amazônia, demonstrando que o Brasil possui um rigoroso Código Florestal que prevê a proteção de 80% das regiões da área e autoriza o uso sustentável de 20% para atividades como agricultura.

Ele defendeu a viabilidade de harmonizar a preservação com a geração de renda e emprego para as populações locais da Amazônia, mencionando iniciativas como o Fundo JBS pela Amazônia, que busca assegurar a subsistência dos ribeirinhos sem prejudicar o meio ambiente. Turra também realçou a necessidade de estabelecer um mecanismo de remuneração pela preservação, visando incentivar práticas sustentáveis e contribuir para a subsistência das comunidades locais. Ele argumentou que o debate sobre remuneração não precisa se limitar apenas aos 20% das áreas que podem ser usadas para atividades produtivas, mas pode se estender para explorar alternativas que valorizem a conservação. Fonte: Canal Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.