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01/Sep/2023

RS terá ‘selo verde’ para cadeias de proteína animal

O Rio Grande do Sul caminha para instituir um selo verde para as cadeias de produção de proteína animal. A confirmação para a certificação aconteceu na quarta-feira (30/08), ao final da primeira edição do Seminário RS Carbon Free. O compromisso com o equilíbrio ambiental deverá se iniciar pelo levantamento dos indicadores e das metas. Em diversas fases, muitas ações para o equilíbrio nas emissões já vêm sendo adotadas. O objetivo do selo é colocar tudo isso dentro da metodologia da Embrapa. Segundo o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), isso será feito em parceria com o governo do Estado e as entidades representativas da pecuária de corte, grãos e leite.

A iniciativa se alinha ao trabalho desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Sema), que já realiza uma tabulação de dados que permitirá determinar métricas para ações de descarbonização. O Estado busca definir essas métricas até o final deste ano, e que elas sejam exequíveis, para que se consiga quantificar o quanto que uma produção está emitindo. O governo estadual irá investir R$ 15 milhões para pesquisas sobre mitigação de carbono da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande (Fapergs).

Estabelecer os parâmetros é o primeiro passo para avançar rumo ao mercado de créditos de carbono. Mesmo carecendo de uma legislação específica no Brasil, o comércio da chamada “moeda verde” é mais reconhecido pelos benefícios ao meio-ambiente do que como forma de gerar divisas ao produtor. O que remunera não são os créditos, é a terra preservada, o solo produtivo e as tecnologias de preservação efetivamente chegando no campo, onde o produtor pode se manter com dignidade e oferecer para o mercado produtos alinhados à sustentabilidade.

Em termos de comparação, o volume de emissão da agropecuária corresponde a 12% do total do que é produzido no mundo, enquanto o setor de energia, por exemplo, é responsável por 73%. Nenhum produtor ficará rico com o carbono, o objetivo não é este. A pauta carbono é uma grande estratégia para se tratar da preservação, melhorar produção e eficiência, gerando economia de recursos, o que, do ponto de vista econômico, é lucro, reforça a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). Fonte: Sindilat/RS. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.